Pela
segunda vez este ano, o vereador Renatinho (PSOL) solicita ao governo municipal
o imediato retorno do transporte especial denominado “Ponto a Ponto”,
paralisado mais uma vez em Niterói. Por meio de indicação legislativa apresentada
esta semana na Câmara, ele pede providência para a retomada do serviço, que
transporta gratuitamente deficientes físicos, idosos e pessoas com dificuldade
de locomoção. Em janeiro, através de ofício, Renatinho (PSOL) já havia
solicitado informações sobre a suspensão do serviço.
“A indicação visa a atender as diversas denúncias
que chegaram até o nosso gabinete sobre a interrupção do programa. Previsto
pela Lei Municipal 2.693/2010 e pelo Decreto 10.685/2010, o 'Ponto a Ponto' também
precisa ampliar o serviço, incluindo os doentes renais
crônicos”, frisou Renatinho (PSOL).
Segundo o vereador, no início, em 1999, tudo
funcionava bem, como anunciava a propaganda. “Vans adaptadas com elevadores
hidráulicos, música ambiente e ar condicionado. Por uma central telefônica, o usuário
solicitava o serviço e um carro especial o apanhava e o deixava em casa nos
horários combinados. Os anos se passaram da implantação do serviço, que
prometia beneficiar aproximadamente mil pessoas, entrou em decadência e corre o
risco de ser desativado”, afirmou o vereador do PSOL.
Segundo denúncia dos usuários, o serviço já vinha
decaindo, mas a situação se agravou mesmo em 2008, com a precariedade dos
veículos, por problemas de manutenção e a falta de motoristas. A Secretaria Municipal
de Acessibilidade e Cidadania, responsável pelo transporte,
simplesmente dizia que não havia verba para consertar os carros.
“Em 2010, foi enviada uma mensagem-executiva para a
Câmara criando uma nova lei sobre o tema. O antigo 'Transporte Eficiente'
passaria a se chamar 'Ponto a Ponto'. Programa este, que de forma não muito
clara ou transparente, comprou 15 carros da marca Doblô para prestar o serviço.
Em meio a este debate, uma grande polêmica tomou conta da cidade: os doentes
renais crônicos que antes tinham direito ao serviço corriam o risco de perder o
direito. Iniciamos, então, uma luta árdua na cidade. Fizemos reuniões com as
Secretarias de Saúde e de Acessibilidade e com a Promotoria do Idoso e da
Pessoa com Deficiência, buscando a solução do problema. Com muita luta, o
serviço foi retomado incluindo os pacientes de hemodiálise. Agora novamente, com
um novo governo na cidade, parece que a história se repete. Por isso, enviei a
indicação legislativa”, argumentou.
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