sábado, 31 de agosto de 2013

Vereador Renatinho (PSOL) cobra informações sobre abandono do prédio do antigo Cinema Icaraí

      O vereador Renatinho (PSOL) encaminhou ofício ao reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF), professor Roberto Salles, solicitando informações sobre a obra do antigo Cinema Icaraí. Segundo o vereador, que ainda fez um pronunciamento na tribuna da Câmara sobre o assunto, nada foi feito depois que a universidade adquiriu o prédio.
  
         “A imprensa algumas vezes noticia que a obra irá começar, mas o que vemos, pelo menos até agora, é um prédio histórico abandonado”, assinala Renatinho (PSOL), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Vereadores.
De acordo com ele, “à população de Niterói, faminta por eventos culturais, não é dada nenhuma explicação. Qual seria a razão?”, indaga ele.


       Em dezembro de 2011, foi assinado um convênio de colaboração entre a Prefeitura de Niterói e a UFF, com a finalidade de transferir o Cinema Icaraí para a universidade. O local será a sede da Orquestra Sinfônica Nacional (OSN) da UFF e também da nova Companhia de Dança de Niterói.
Na época foi divulgado que a negociação foi finalizada definitivamente e cerca de R$ 17 milhões foram pagos ao proprietário do imóvel, a construtora Koppex, de Fernando Policarpo. Deste montante, R$ 10,6 milhões foram provenientes da UFF, que teve a quantia disponibilizada pelo Ministério da Educação (MEC), enquanto a Prefeitura de Niterói ficou responsável pelo pagamento de aproximadamente R$ 6,5 milhões.


Histórico - O Cinema Icaraí foi construído em 1941, em estilo art déco e hoje é o último exemplar do estilo na cidade. No prédio, funcionava uma sala de cinema com 811 lugares. Em 2008, foi tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac). O fechamento aconteceu em 2006 e, desde então, o prédio foi abandonado e está deteriorado. Atualmente, na entrada do imóvel, coberta por marquise, foi fechada com tapumes. 


Saúde Mental: descaso e corte nos vencimentos

 
Assembléia da AUFA - dia 30 de agosto
O mandato do vereador Renatinho está na luta com os trabalhadores da Saúde Mental de Niterói. É um absurdo a truculência e descaso dos sucessivos governos com essa área tão importante da saúde.
       
Em maio promovemos uma audiência pública com esses trabalhadores e com o representante da secretaria de saúde. Na ocasião, o representante do secretário Chico D'Angelo afirmou que todos os trabalhadores da saúde devem ser respeitados. E agora onde está o respeito com os trabalhadores e com os usuários da rede? O CAPS do Largo da Batalha sequer tem bebedouro, e há denúncias de muitos outros onde a falta de medicamentos é regra. Até quando a prefeitura de Niterói irá priorizar os grandes empresários em detrimento da saúde? É uma vergonha!!

Nosso mandato estará na luta pela valorização e priorização da Saúde Mental em Niterói!
Abaixo, segue a nota dos trabalhadores sobre os cortes feitos unilateralmente pelo prefeito Rodrigo Neves.

 “No dia 22 de AGOSTO de 2013, a prefeitura de Niterói depositou os salários dos trabalhadores de saúde mental referentes ao mês de JULHO com CORTES, sem qualquer aviso prévio ou explicação para o fato. Além de termos um vínculo de trabalho precário, com salários defasados, sem direitos trabalhistas e sequer um dia fixo de pagamento (gira EM TORNO do dia 20 a 25 do MÊS SEGUINTE ao trabalhado), recebemos mais esse presente da prefeitura de Niterói.

Peço que divulguem essa notícia que merece a mesma repercussão que a FALTA DE RESPEITO DA PREFEITURA DE NITERÓI COM OS SEUS TRABALHADORES. Tivemos notícias de que esse corte salarial se estende para todos os RPA`s da saúde. Por favor, demais trabalhadores da saúde, confiram seus extratos e se manifestem!”

    Na manhã desta sexta-feira (30), Wellington dos Santos Marinho, diretor da Associação dos Usuários, Familiares e Amigos da Saúde Mental (AUFA), de Niterói, denunciou que a Prefeitura cortou parte dos salários dos cerca de 2 mil contratados pelo regime de Recibo de Pagamento de Autônomo (RPA).

Veja o vídeo:

Renatinho (PSOL) cobra investimento na única iniciativa cultural do Terminal João Goulart


      Em pronunciamento, esta semana, no plenário da Câmara, o vereador Renatinho (PSOL) defendeu o apoio e a manutenção, pela Prefeitura, do projeto "Livro em Movimento", que funciona no Terminal João Goulart, no centro de Niterói.
                 
     “Há 14 anos este espaço é a única iniciativa cultural no Terminal João Goulart. São atendidas, segundo os responsáveis pela iniciativa, mais de 800 pessoas por mês”, afirmou Renatinho (PSOL), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Vereadores de Niterói.


     Nos próximos dias, o mandato do vereador Renatinho encaminhará um documento ao consórcio que administra o Terminal João Goulart e à Prefeitura, solicitando que o projeto seja preservado e mantido, além de apoiado pela municipalidade.  

A Mobilização dos Trabalhadores deve continuar: pela unificação dos movimentos da Jornada de Junho e ampliação das lutas!



      A Jornada de Junho ainda se mantém viva na memória dos trabalhadores, que compreenderam que só haverá conquista de direitos sociais se houver mobilização popular. Apesar das mobilizações terem se fragmentado e diminuído, ainda há muita insatisfação popular. A greve dos professores do Estado do Rio de Janeiro e do município do Rio de Janeiro é um exemplo de como uma categoria pode se reorganizar e pressionar os governos de acordo com uma linha política justa de reivindicar melhores condições de trabalho, de salários e ampliação de investimento na educação. Pelo Brasil, temos também grandes lutas sendo travadas nas categorias dos metalúrgicos, petroleiros, bancários, químicos e correios.
        O crescimento da onda Fora Cabral não para de crescer. A visão de que este governo só serve aos interesses do capital se amplia na sociedade, gerando um importante debate sobre que tipo de governo queremos; que projeto de cidade os movimentos sociais podem construir, entre outras demandas. Em São Paulo, as falcatruas nas obras do metrô mostram que, na verdade, PT e PSDB partilham das mesmas práticas políticas, e suas disputas nada mais são que uma luta encarniçada pelo poder e pelo dinheiro. Assim, o governo Alckmin sofre constrangimentos semelhantes aos de Cabral (ainda que em menor intensidade), apesar de representarem setores que se opõem.

       Por todo Brasil, ocupações de Câmaras Municipais expõem os limites deste modelo de política que só favorece aos empresários e prejudica os trabalhadores. Por isso, nossa responsabilidade é grande, participando das mobilizações cotidianamente e construindo o PSOL como uma alternativa política de luta, coerente e socialista.

     É chegada a hora dos trabalhadores mostrarem sua força política e organização, exigindo nossos direitos. O governo Dilma busca confundir a população com medidas que não tocam de fato nos problemas que enfrentamos. A proposta de uma Reforma Política, que nem sequer arranha na estrutura política elitista, busca por para debaixo do tapete as diversas demandas apresentadas nas mobilizações de junho, tais como melhorias na saúde, educação, habitação e transportes.

       Quando o programa “Mais Médicos” foi lançado, novamente se desvirtuou dos reais problemas. O programa se limita a convocar médicos e regime contratual, não tocando, em nenhum momento, nas condições de trabalho, na infraestrutura dos hospitais, qualidade dos serviços e no seu caráter público. A bandeira histórica dos movimentos sociais da saúde de 10% do orçamento federal para a saúde não é mencionada, pois o governo quer manter o fluxo do orçamento público voltado paras os empresários dos megaeventos e banqueiros. Somos solidários aos médicos cubanos e a toda tradição de saúde pública desenvolvida por Cuba, mas não será limitando-se à importação de médicos que resolveremos nossos problemas na saúde pública.

      Enquanto isso, o dólar aumenta, a inflação cresce, juntamente com a taxa de juros e o desemprego. Provavelmente teremos um PIB de 2%, o que significa mais ajuste fiscal, ou seja, mais corte de verba pública para as áreas sociais, além de arrocho salarial contra os trabalhadores.
Depois de tentar destruir ainda mais os direitos trabalhistas com o Acordo Coletivo Especial (ACE), agora o governo federal quer aprovar a PL 4330, que amplia ainda mais as terceirizações. Toda a agenda de privatizações também será retomada nos setores do petróleo, portos, ferrovias, rodovias, aeroportos e do setor elétrico e telefônico.

   É por isso que precisamos nos organizar. As experiências de organização popular, como vêm acontecendo no Fórum de Lutas do Rio de Janeiro, devem ser aprofundadas. Precisamos unificar todos os movimentos que estão surgindo, garantindo a construção de uma pauta nacional e um calendário unitário de lutas.

  Neste sentido, que o Mandato do vereador Renatinho (PSOL) reafirma que apenas com o protagonismo dos trabalhadores organizados conseguiremos avançar. Apoiamos todas as iniciativas políticas que se propõem a lutar por direitos sociais, como ampliação do investimento na educação; estatização dos transportes e instauração da tarifa zero; melhorias na saúde; por uma política urbana voltada para os trabalhadores; pela defesa da democracia e contra a criminalização dos movimentos sociais e da pobreza.

Esta luta é nossa! Vamos juntos!


“Os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas, mas jamais conseguirão deter a primavera inteira” (Che Guevara).


Favela não se cala!


    O Movimento por uma Universidade Popular e o Favela Não Se Cala convidam todos para aula pública sobre desmilitarização da polícia e remoções urbanas. Seguida de uma roda cultural com o Bonde da Cultura. Será neste domingo (1/9), às 10 orash. Na Associação de Moradores do Chapéu Mangueira.



QUILOMBO DO GROTÃO COMEMORA O FOLCLORE BRASILEIRO


O Quilombo do Grotão, espaço de luta e resistência da comunidade tradicional e quilombola da Serra da Tiririca, realiza no próximo sábado mais uma edição do Samba da Comunidade. Esta atividade acontece todo último sábado do mês e é organizada pela Associação da Comunidade Tradicional do Engenho do Mato (ACOTEM), em parceria com outras comunidades tradicionais que tem por objetivo congregar moradores da área com demais cidadãos que apoiam a preservação da cultura e do meio ambiente local.


O Samba da Comunidade sempre traz um tema que busca conscientizar a população sobre a importância da cultura popular. Desta vez o evento será em homenagem ao Folclore Brasileiro.

 “O folclore brasileiro é parte fundamental da nossa cultura popular! Nas lendas e mistérios do folclore está presente a identidade cultural de muitas comunidades. Precisamos valorizar essa cultura extremamente rica e diversificada! Vamos juntos em defesa do meio ambiente e da cultura popular!”, disse Renatão do Quilombo, presidente da ACOTEM.

           Na oportunidade, além da roda de samba com o Grupo Família Quilombo, composto em sua maioria por membros da comunidade local, o Quilombo do Grotão serve sua tradicional feijoada na lenha e apresenta uma feira de artesanato que vem se tornando referência na cidade. Desta vez a comunidade receberá também o cantor e compositor Mauro de Quintino, da Estação Primeira de Mangueira.

O Quilombo do Grotão fica na Rua 41, Sitio Manoel Bonfim, Serra da Tiririca - Engenho do Mato e recebe visitantes e turistas durante todos os finais de semana e feriados. A comunidade do Quilombo, que também realiza mensalmente rodas de chorinho, promove ainda com freqüência atividades características da cultura negra, como capoeira e jongo.

 A programação pode ser obtida no facebook:




SERVIÇO:

SAMBA DA COMUNIDADE:

GRUPO FAMÍLIA QUILOMBO com MARIANA BRAGA e o convidado especial MAURO DE
QUINTINO.

DIA 31 DE AGOSTO (sábado) A PARTIR DAS 13 HORAS

VALOR: R$ 10,00 o Prato de feijoada! Sem cobrança de couvert artístico!

LOCAL: Quilombo do Grotão: Rua 41, sítio Manoel Bonfim, Serra da Tiririca,
Engenho do Mato, Niterói/RJ.

sábado, 24 de agosto de 2013

Nota do Mandato do Renatinho: Randolfe não nos representa!


      As grandes manifestações recentes mostraram o quanto as lutas sociais são o único meio de conseguir conquistas reais. Ainda que estejamos num estágio inicial desta efervescência de participação popular, é inegável que estamos num momento novo. Conquistamos a redução da tarifa em diversos estados, mas ainda temos muito que avançar, pois o peso da redução ainda recai sobre os cofres públicos, enquanto o empresariado lucra à custa do povo. Além disso, outras demandas apresentadas durante as manifestações, tais como controle das contas dos megaeventos, mais investimento em saúde e educação ainda são questões que pressionam os governos a tomarem posições, mesmo que não sejam ainda para resolver de fato os problemas. Estamos só no começo, por isso, precisamos avançar.      

Manifestação contra o aumento da passagem
na Av. Amaral Peixoto - Niterói
É nesse cenário que o PSOL deve se apresentar como uma alternativa consequente de organização dos trabalhadores. De maneira que possamos apresentar um programa consequente para as lutas.

Enquanto o PT e seus opositores de direita buscam soluções dentro da ordem, favorecendo os empresários do agronegócio, construtoras e bancos, nós nos postamos juntos aos movimentos sociais em busca de mais avanços. A presidenta Dilma, numa manobra de reconquista de popularidade, abriu diálogo para a formação de um novo pacto social, que é o mais do mesmo. Nós do PSOL nada temos que fazer em espaços como este, já que este pacto mantém as elites com seus privilégios. O papel de nosso partido é expressar as vozes das ruas, unificando-se aos movimentos sociais, mantendo as mobilizações numa crescente.

Não há um diálogo sério se não há um conjunto de medidas deste governo que de fato apontem para uma mudança. Como pensar em mudança se o governo nos reservou a Força de Segurança Nacional para nos reprimir brutalmente? Como pensar em mudança se este governo cortou mais de R$ 50 bilhões nas áreas sociais, enquanto reservou R$ 708 bilhões para os banqueiros? Como pensar em mudança se este governo loteou o país para os megaeventos (Copa e Olimpíada), superfaturando obras e instalando um Estado de exceção?

Os governos comprometidos com este projeto não são nossos aliados. O que Dilma fez nada mais é que uma manobra desesperada. Por isso, de acordo com o acúmulo político do PSOL nenhum militante nosso está autorizado a negociar com este governo e propor medidas de conciliação. Randolfe, portanto, quando se reuniu com Dilma no dia 2 de junho, apoiando a proposta de plebiscito para a reforma política, não representou a militância do PSOL. Sua atitude infeliz contrariou as resoluções da executiva nacional de nosso partido. Não é a primeira vez que comete esta incoerência, sua aliança com o PTB, DEM e PSDB no Amapá revelam o quanto não partilha dos princípios de independência de classe de fundação do PSOL.

Cada militante do PSOL que esteve nas ruas e sentiu o gosto amargo das bombas de gás lacrimogênio e de toda a repressão policial ordenada por este mesmo governo está perplexo com tamanha irresponsabilidade do senhor senador. Houve um descompasso entre atitudes de um quadro público de nosso partido e o que a base de nossa militância vem fazendo. Construímos plenárias pelo país afora, participamos das mobilizações e se o gigante, como dizem: acordou, o PSOL nunca se furtou da luta.

O mandato do Renatinho repudia este ato inconsequente do senador Randolfe e reivindica o verdadeiro legado do PSOL, que é o mesmo que vemos nas ruas, em cada militante que se dedica à construção do socialismo. Propomos-nos a superar o pragmatismo eleitoral e tornar as ruas a verdadeira tribuna do povo. É para isto que as figuras públicas do PSOL devem estar a serviço. Nossa tarefa é construir as mobilizações e utilizar o parlamento como uma das vias de expressão desta contestação popular que tomou nosso país.

Saudações Psolistas!


Mandato do Renatinho (PSOL) – Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Niterói.

Vereador Renatinho (PSOL) cobra explicações sobre denúncia de exterminação de animais em Niterói

           Denúncia publicada nesta sexta-feira (23) na coluna Informe, de “A Tribuna”, diz que a matança pode se seguir com a volta da operação com carrocinhas para a apreensão de animais que vivem nas ruas. 
A Tribuna - 23 de agosto de 2013 pág. 3


O caso já havia chegado ao gabinete do vereador Renatinho (PSOL) que requereu ao Governo Municipal, há duas semanas, que informe sobre o extermínio de animais no Caminho Niemeyer, Centro da cidade. Com co-autoria dos vereadores Paulo Eduardo Gomes e Henrique Vieira (ambos do PSOL), o documento solicita, inclusive, relação dos funcionários (terceirizados ou não) que trabalharam no local.

 “Foram encontradas carcaças de animais queimados dentro do terreno do Caminho Niemeyer. Segundo denúncias ao nosso gabinete, quando questionado por um cidadão, um dos funcionários do local informou que agentes públicos teriam envenenado e ateado fogo nos cães para limpar o local. Foi uma verdadeira atrocidade”, assinalou Renatinho (PSOL).

Pela Lei 9.605/98, a atitude é crime ambiental.

 “Ainda conforme a Lei Municipal 2.965/12, de minha autoria em conjunto com demais vereadores, em nossa cidade é totalmente proibido qualquer forma de sacrifício animal. Desta forma, é fundamental o atendimento de todas as solicitações de informação elencadas acima para que este Mandato cumpra com seu dever fiscalizador, garantindo o interesse público e o bem-estar animal”, completou o vereador Renatinho (PSOL), que preside a Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Niterói.

Ricardo e Amarildo: caminhos diferentes de uma mesma história


O Ascenso das lutas sociais transformou acontecimentos cotidianos em pautas de mobilização. O desaparecimento do pedreiro Amarildo, morador da favela da Rocinha, foi um exemplo disso. Seu desaparecimento após uma abordagem do Bope levantou a população do Rio de Janeiro, e até de outros estados, contra mais uma arbitrariedade policial. A truculência policial é uma marca antiga das ações de segurança pública, mas agora as pessoas não se calaram. A grande mídia foi obrigada a ter que abordar este tema, tendo que reconhecer que as UPPs não são tão perfeitas quanto dizem que são. As redes sociais expressaram a mobilização dos movimentos sociais de direitos humanos, além da corajosa postura família de Amarildo que não se calou perante tamanha violência.



Mas como já foi dito, Amarildo foi só um exemplo dentre tantos casos de arbitrariedade policial, e não tardou para que ocorresse mais um caso de brutalidade contra um trabalhador, só que agora na Baixada Santista. No dia 31 de julho, o funcionário terceirizado da Unifesp, Ricardo Ferreira Gama, foi agredido após responder a uma ofensa de um policial, segundo estudantes desta universidade. Ricardo e os estudantes foram intimidados a não denunciarem o ato opressor da polícia. Mesmo assim, no dia dois de agosto, quatro homens encapuzados mataram Ricardo com oito tiros na porta de sua casa.

Mais um caso de assassinato de um jovem, negro e pobre, morador da periferia, que sofreu o peso de uma política de segurança que criminaliza a pobreza. Assim como população pergunta onde está Amarildo, é chegada a hora de denunciarmos o assassinato de Ricardo e encontrarmos os responsáveis por este crime. O Estado mais uma vez nos mostra que a polícia é utilizada para reprimir e intimidar os trabalhadores. É mais do que urgente a união dos movimentos sociais e dos trabalhadores para repensarmos a política de segurança de nosso país. É nossa tarefa continuar exigindo a solução do caso Amarildo e buscar elucidar o assassinato de Ricardo, mas o mais fundamental é aprofundarmos a construção de um programa político que repense a política de segurança de nosso país, de maneira que não criminalize a pobreza e os movimentos sociais. Somos todos Amarildo e Ricardo!


O FRACASSO DA POLÍTICA DE CABRAL

  
                                      
     Após sete anos do governo PMDBISTA de Cabral, o desastre de suas políticas públicas causa indignação a toda sociedade.  Não podemos esquecer, porém, que tal como a maioria dos prefeitos dos municípios fluminenses, as políticas públicas de Cabral seguem a mesma lógica neoliberal do governo petista de Dilma, que, aliás, foi a principal fiadora da eleição e reeleição desse nefasto governo, tampouco não podemos ter dúvidas que essas políticas só foram implementadas através da sustentação de uma forte bancada governista na Assembleia Legislativa. Todos os Deputados, e seus respectivos Partidos, que votam com o governo, são também responsáveis pelo caos em que se encontra a sociedade do Rio de Janeiro.

Quando nos indignamos com a corrupção, as imagens e notícias publicadas, inclusive pela grande mídia, de secretários e comissionados do governo se divertindo em festas na Europa enquanto hospitais e escolas são sucateados e funcionários concursados, quando reivindicam melhores condições de trabalho, são tratados com cinismo e truculência. O uso de jatinhos, de empresários que sugam o dinheiro público através de supostas licitações e mais recentemente o uso de helicópteros do estado em deslocamentos de "autoridades" acompanhados de suas famílias, para compromissos particulares é uma afronta à sociedade e nos causa indignação.

A política de segurança pública baseada na instalação de UPPs em comunidades a pretexto de acabar com o tráfico de drogas foi uma farsa, pois o tráfico continua a existir e seus efeitos danosos, principalmente para a juventude, persistem. A ausência do estado nas comunidades com políticas reais que recuperem a dignidade dos cidadãos como; saneamento básico, medicina preventiva, escolas e creches em horário integral acompanhada de políticas de geração de emprego foram esquecidos ou nem mesmo cogitadas. O que assistimos é a truculência de uma polícia despreparada e orientada para "pacificar" na marra a comunidade.  O episódio da ação policial na comunidade da Maré, o desaparecimento do cidadão Amarildo e as manifestações exigindo saneamento básico ao invés de teleféricos atestam a farsa dessa política. Beltrame, que no início de sua carreira foi agente infiltrado nos movimentos sociais parece traduzir bem o perfil da segurança pública de nosso estado.

A saúde pública assume proporções de extrema crueldade, em especial com a classe trabalhadora, que não têm condições de arcar com um plano de saúde para sua família. Os Hospitais públicos foram sucateados, os salários dos profissionais de saúde achatados, e a iniciativa privada, através de parcerias, convidada a participar do banquete, passando a gerenciar com o dinheiro público o caos da saúde pública, trata-se de lucrar com o sofrimento alheio. As Upas apresentadas como solução redentora revelaram-se impotentes diante das necessidades da população. A sua concepção não foi vinculada há uma lógica de saúde preventiva nem conjugada a políticas que contribuam com a melhora da qualidade de vida da população em seu entorno como; saneamento básico (água, esgoto, coleta de lixo regular e seletiva), qualidade alimentar, eliminação de vetores transmissores de doenças etc. Hoje as Upas são uma triste realidade. Faltam profissionais, material básico para atendimento aos pacientes, e uma conexão com Hospitais para casos de maior complexidade, pois os mesmo vivem também situação de precariedade. As UPAs  são em sua maioria gerenciadas pelo setor privado cujo compromisso primeiro é com o lucro e não com a sociedade. Os profissionais dessas Unidades são submetidos a uma demanda de serviços angustiantes e carregados de tensão social, o que ajuda a entender o pedido de afastamento de muitos desses profissionais. 

A educação pública em nosso estado tornou-se um caso de vergonha nacional, gerenciada pelo secretario economista, fechou o maior número de escolas desde a criação de nosso estado, o número de matriculas na rede diminuem a cada ano. As terceirizações de serviços cresceram em número alucinante. Hoje na rede estadual até computadores e ar condicionados são alugados para deleite de empresários. Serventes, merendeiras e funcionários administrativos são em sua maioria terceirizados e atuam com vínculos trabalhistas precarizados para um conjunto de firmas que mudam de nome e não de donos. Até mesmo a nível pedagógico o atual secretário economista, seguindo a lógica de seu chefe governador, assina convênios com firmas privadas para o gerenciamento de projetos na rede, Uma vergonha que promoveu a indignação de professores da Universidade Federal do Rio de Janeiro. A eleição de diretores de escolas pela comunidade escolar foi sepultada e substituída por uma prova em que um dos critérios se consiste no exame de "perfil" dos candidatos, possivelmente acompanhado do número do seu título de eleitor. A última invenção desse economista perdoe-me os economistas, foi uma prova de certificação que pretende retestar o conhecimento dos professores, retestar parece ser a expressão correta, pois não podemos esquecer que todos já foram submetidos a concurso público. 

Essa certificação acarretaria a todos os aprovados uma gratificação que poderá em dois anos dobrar os vencimentos dos profissionais. É claro que uma das condições para obter aprovação e o exame do "perfil" do candidato funcionário, como por exemplo, não ter faltado ao trabalho mesmo que em períodos de greve da categoria e ter cumprido sem hesitação as determinações do lamentável secretário. Essa política baseada na lógica da meritocracia destrói a isonomia entre os profissionais da ativa e aumenta  defasagem salarial com os aposentados. A avaliação de perfil de funcionários para efeitos remuneratórios é uma afronta ao Estatuto do Funcionalismo e um excrescência ao Estado Democrático de Direito. O ovo da serpente. 


Dilma patrocina a maior entrega do patrimônio brasileiro


Por Emanuel Cancella*

Com aval de todos os partidos da base do governo – inclusive PT, PC do B, PSB e PMDB - o leilão de Libra, o maior campo de petróleo do mundo, marcado para dia 21 de outubro, representa uma entrega sem precedentes do patrimônio público.
Desde a transferência do nosso ouro e pedras preciosas para Portugal e Inglaterra, na época do Brasil-colônia, o leilão de Libra, transformado em valores, representa um desvio de riquezas bem maior do que: a maioria das privatizações subavaliadas da era Collor-FHC; os escândalos contemporâneos do PROER, Privataria Tucana, Propinoduto do Metrô de São Paulo, mensalão do PT, do PSDB e do DEM juntos; e o desvio anual de metade do nosso PIB às oligarquias estrangeiras, com o pagamento dos juros exorbitantes da dívida externa.
Tudo isso transformado em cifras é menos do que os valores envolvidos no leilão (leia-se entrega às grandes petrolíferas estrangeiras) do campo de Libra.
O inacreditável que é que todos os partidos de esquerda, as centrais sindicais, a maior parte dos movimentos sociais permaneçam omissos. Á essa altura, a direita vibra, pois se dependesse dos tucanos, a descoberta do pré-sal seria comemorada nos EUA e/ou na Europa.
As denúncias que, nós, de esquerda, fizemos, preocupados com a presença da IV Frota dos Estados Unidos nas costas do Brasil, hoje soam vazias, desnecessárias e sem sentido. Pois a audiência pública que precede o leilão de Libra será realizada amanhã, terça-feira (6), às 15h, em dependências militares, na Escola Naval, como aconteceu antes da 11ª rodada. Portanto, parece que as nossas forças armadas também fazem coro com os omissos, quando se trata da entrega do petróleo brasileiro aos imperialistas.
Como se fosse coisa insignificante a entrega do nosso ouro-negro aos estadunidenses e europeus, no mesmo dia e hora da audiência pública sobre o leilão de Libra, sabe onde estarão as centrais sindicais e a maior parte dos movimentos sociais? Protestando na porta da federação das indústrias contra o PL 4330, que trata de terceirizações.
As terceirizações já acontecem livremente. Esse projeto-de-lei deve ser denunciado e a situação das terceirizações revertida. Mas o fato é que o PL 4330 apenas legitimaria, se aprovado, o que o governo já pratica. O que questionamos é a omissão e o silêncio de tantos diante dessa entrega sem precedentes do patrimônio nacional, nosso “passaporte para o futuro”, como reconheceu, durante a campanha eleitoral, a própria presidenta Dilma Rousseff.
O campo de Libra foi cogitado para atender à Cessão Onerosa, Lei 12.276/10, porém, quando furaram para dimensionar a quantidade de petróleo existente, constataram que Libra possui mais de 14 BI de barris de petróleo e a Cessão Onerosa é de 5 BI de barris.

Mas, diante dessa constatação, o que fazem a Dilma, Foster e Magda? Colocam Libra para ser leiloado pela ANP! Sem nenhum respeito pelo dinheiro e o patrimônio público, decidem trocar uma riqueza estimada em hum trilhão e quatrocentos bilhões de dólares pelo bônus mínimo de 15 bilhões de reais. Nenhum país soberano no mundo trata seu petróleo, sua maior riqueza, dessa forma.
Os EUA preservam suas reservas e vão comprar petróleo na OPEP. A Rússia e a China também tratam suas reservas de forma estratégica: e nós vamos entregar de bandeja o campo de Libra!
O governo e sua base parlamentar mentem para sociedade quando dizem que o leilão vai trazer desenvolvimento para as regiões: já foram realizados onze leilões e até hoje nenhuma refinaria, nenhum navio, nenhuma plataforma, nenhuma sonda de perfuração foram fabricadas no Brasil por empresas de fora que venceram os leilões.
Enquanto Dilma se contradiz festejando a entrega do petróleo, ao passo que na campanha eleitoral assegurava que o pré-sal seria “nosso passaporte para o futuro”; Graças Foster, presidente da Petrobrás está envolvida em nepotismo, favorecendo ao próprio marido em negócios com a ANP: vejam na página do Sindipetro-RJ o artigo “ Maria das Graças Foster e o ovo da serpente”. Já Magda Chambriard, Diretora-Geral da ANP, declarou à imprensa, sem nenhum constrangimento, que vai trabalhar numa petroleira quando sair da ANP.
Quando o petróleo era apenas um sonho, o povo brasileiro foi capaz de derrotar as elites, na vitoriosa campanha “O Petróleo é nosso!”, nas décadas de 1940-50, que resultou na criação da Petrobrás e do monopólio Estatal do Petróleo. Agora que o petróleo é uma realidade, é lamentável a ausência de estadistas capacitados e comprometidos com os interesses do país e a omissão de tantos que poderiam ajudar a virar esse jogo. Estamos prestes a assistir e a permitir que os lobos sejam colocados para cuidar do galinheiro.

* Emanuel Cancella é diretor do Sindipetro-RJ e coordenador da Federação Nacional dos Petroleiros.



sábado, 10 de agosto de 2013

COMEMORE O DIA DOS PAIS NO QUILOMBO DO GROTÃO


Venham comemorar o Dia dos Pais com a gente no Quilombo Do Grotão ao som do Grupo Choro Malandro com nossa tradicional feijoada e muita alegria! Parabéns a todos os pais que lutam diariamente pelo melhor para os seus filhos e por uma sociedade mais igualitária e fraterna! Vamos juntos!

PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO EM LUTA !

          As políticas públicas de caráter liberal desenvolvidas pela maioria dos prefeitos de nosso estado seguem a mesma lógica das políticas do governador Cabral. O sucateamento dos serviços públicos seguida de um avanço do processo de privatização traduzem o caos que vivemos em nosso estado. Transportes públicos, Segurança, Saúde e Educação de qualidade são objeto da pauta de reivindicações das manifestações populares.
     Os profissionais de educação de diversos municípios através do seu Sindicato, o SEPE, fortalecidos  pelos movimentos sociais estão em luta por uma educação pública de qualidade.
Os profissionais de educação de Niterói, Valença, Rio de Janeiro (rede municipal e estadual) encontram-se em movimento grevista e diversos outros municípios diante da postura intransigente dos governos apontam para indicativos de paralisações.
        Gostaríamos reiterar que o nosso mandato esta a disposição dos amigos profissionais de educação no que for necessário para a vitória de nossas reivindicações.

        Um abraço,
                 


Na sexta-feira (9/8), profissionais de educação ocuparam o 6º andar do prédio da Prefeitura de Niterói. A categoria conseguiu “arrancar” uma audiência, para o dia 15/8, às 15 horas, com o prefeito Rodrigo Neves.

Veja as fotos:



Fique atento a agenda dos movimentos

Niterói  - próxima Assembleia dia 15 às 16 horas  ( local Liceu Nilo Peçanha)
Rio (município)  - Assembleia dia 14 às 10 horas  (local  a confirmar)
Rio (rede estadual)  - Assembleia dia 14 às 14 horas ( local a confirmar)


Redes estadual e municipal (Rio) entram em greve

Saiba mais:




Leia e curta o “Diário da Classe” - “Luta pela educação – bem unidos façamos”






O choro de Cabral e o choro de Amarildo*





"Não me dão pena os burgueses vencidos.
E quando penso que vão me dar pena,
aperto bem os dentes e fecho bem os olhos.
Penso em meus longos dias sem sapatos nem rosas.
Penso em meus longos dias sem abrigos nem nuvens.
Penso em meus longos dias sem camisas nem sonhos.
Penso em meus longos dias com minha pele proibida.
Penso em meus longos dias."

(“Burgueses”, de Nicolás Guillén)


Nicolás Guillén é um poeta maior. Poeta e revolucionário. Quando essas duas coisas se juntam numa só pessoa, virtudes das mais nobres entre as outras, temos aqueles raros: os imprescindíveis. Teoria e prática, intelectuais e homens de ação. Guillén, Ernesto Cardenal, Marti... Pensei muito em Guillén na última segunda-feira (5). Perseguido tantas vezes na ditadura de Fulgêncio Baptista, voltou para Cuba depois da saída do tirano. E quando alguns de seus algozes foram presos, perguntaram a ele o que sentia. Respondeu com o poema "Burgueses", (com trecho acima reproduzido).

 Lembrei-me de Guillén ao ver o governador do Rio acuado, em tom choroso, pedindo ternamente, feito um menino indefeso, que os manifestantes deixassem de fazer seu legítimo protesto próximo a casa dele. Não teve o pudor em poupar o nome e a idade dos filhos para alcançar seu intento. Já não tivera pudor para botar os filhos no helicóptero do amigo empreiteiro da Delta. Mas crianças são crianças e sempre nos tocam. Por algum momento, tal qual o poeta, pensei que iam me dar pena. Por algum momento, pensei em considerar seus argumentos.

Mas tal qual o poeta, apertei bem os dentes e fechei bem os olhos. Pensei nos filhos de Amarildo, o pedreiro da Rocinha que sumiu depois de ser visto pela última vez nas mãos dos servidores de Cabral, símbolos da política de segurança do governador. Tal qual o poeta, pensei nos longos dias da mulher e dos filhos de Amarildo. Sem camisa nem sonho, com a pele proibida...São tantos Amarildos nesse Brasil onde pobres não tem sapatos nem rosas nem tampouco direitos. Muitos no Rio de Cabral, que nunca pensou no filho de nenhum deles.

Tal qual o poeta, pensei nos longos dias das famílias da Maré, dos trabalhadores assassinados sem qualquer razão. Cabral ainda não falou sobre eles. Poderia lembrar de tantos outros como os da Maré. Pensei nos longos dias das pessoas vítimas de crimes forjados, prática tão comum por aqui, mais ainda com a política de Cabral.

Pensei nos meninos da Escola Friedenreich. Alguém há de me lembrar que ela é municipal. Não esqueci. Mas está saindo para que o governador melhor sirva seus amigos que ganharam o Maracanã. Tal qual o poeta, pensei nos longos dias sem abrigo nem nuvens daqueles meninos. Alunos de uma escola de excelência, forjaram ouro no meio do nada. Imaginem o trauma desses meninos quando souberam que iam sair dali. Cabral pensou neles?

Pensei de novo nos versos citados do poeta, dos dias sem abrigo nem nuvens (que imagem!), das vítimas das remoções criminosas de todos aqueles que estão no caminho dos "grandes eventos". Quão longos e traumáticos devem ser os dias dos meninos que têm um "X" desenhado na porta da casa humilde, indicando que ela será posta abaixo. Cabral pensou neles? Alguém novamente lembrará que muitas dessas remoções são municipais. A força que dá o pé na porta é estadual. E afinal, seria ser muito idiota da objetividade achar que @sergiocabralrj e @eduardopaes são tão diferentes assim.

Pensei nos longos dias dos meninos que iam pelos braços dos pais na geral do Maracanã. Viam o jogo na “carcunda” dos pais, naquele ritual que todo homem sonha, o rito da passagem. Agora exclusivo dos que podem pagar o setor vip. Do Maracanã ferida que não fecha, como definiu tão bem Pedro Motta Gueiros. Destruído por Cabral rasgando a lei. Destruído com aval do Instituto  do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan) na calada da noite, como agem aqueles que não são transparentes. Ele mesmo que agora diz não ser um ditador. Ele mesmo que publicou o decreto 44.302/2013, da CEIV, Comissão Especial de Investigação de Atos de Vandalismo em Manifestações Públicas, que rasgava a Constituição. Quem rasga a Constituição é o que? O governador de tantos atos de exceção.

Por sorte, a sociedade civil e todos seus instrumentos se fizeram representar e vêm forçando essa recuada do ditador que sonhou ser, acuado, patético como todo ditador acuado. Espécie de Sadam Hussein no buraco, Kadafi na manilha. Ele, Cabral, desnudo em sua patética biografia que vai se desmilinguindo. Que há poucos dias tirou os mesmos manifestantes abaixo de pauladas e gases, sem pensar nos filhos deles, na calada da noite. Agora, na fragilidade do buraco e da manilha onde os ditadores se esvaem, apela para um discurso emocional.

Mesmo pensando em nossos longos dias, não deixaremos de pensar em duas crianças. Que não pediram isso. Oxalá possam lá na frente superar o trauma do pai ter deixado tal obra. Realmente elas nada têm a ver com tudo isso. Não precisam ver que na esquina do pai deles falam um monte de verdades sobre ele. Ainda bem que tem a opção nesses dias de sair dali. Ir por um tempo para o Palácio das Laranjeiras. Ou quem sabe para a Mansão de Guaratiba. Talvez não dê mais para ir de helicóptero, abateram o governador-voador, o do reino do guardanapo, em plena farra aérea. Mas ainda dá para passar uma temporada longe dos protestos na mansão comprada com o suor do trabalho do pai deles. Desejo isso do fundo do coração. Crianças não têm mesmo que passar por isso.

Lamento apenas que os filhos do Amarildo não tenham palácios ou mansões para onde correr. Lamento apenas que os filhos da Maré não tenham para onde correr. Lamento apenas que os meninos que iam na “carcunda” do pai na geral do Maracanã não tenham para onde correr. Lamento apenas que os filhos dos removidos não tenham para onde correr. E então, "quando penso que vão me dar pena, aperto bem os dentes e fecho bem os olhos". Pela certeza de que os acampamentos seguirão. Até que se preste conta de tudo. E para que se saiba que foi longe demais na farra.

PS- Se botar um pouquinho a cabeça para fora do buraco ou da manilha, o governador vai ver que as pessoas passam pelos acampados buzinando, abrindo a janela dos carros, gritando palavras de força. Para aqueles acampados pacificamente, vale dizer. E que os vizinhos, que poderiam estar incomodados, levam refeições, agasalhos. Pelo menos se pouparia de perder tanto tempo pensando em teorias da conspiração, manipuladores. É apenas a conta de tanto desmando que chegou. É aquela turma da "pele proibida" que veio cobrar a conta.

Nota dos Editores: 
Discordamos da forma como o autor caracteriza as prisões e assassinatos de Sadam Husseim e Muamar Kadafi pelo imperialismo, como se as invasões armadas ao Iraque e à Líbia tivessem tornado o mundo "mais seguro" ou as populações dos dois países "mais livres" sem eles. De toda forma, é o único "arranhão" em um correto e contundente artigo sobre o governador do Rio de Janeiro. (Secretariado Nacional do PCB). 

*Texto publicado no site do PCB.



A Mídia Ninja: INCÔMODOS CONTRA A MÍDIA EMPRESARIAL


No programa Roda Viva, da TV Cultura, na última segunda-feira (dia 5 de agosto), foram entrevistados os representantes da Mídia Ninja, Bruno Torturra e Pablo Capilé. Minha curiosidade era grande para entender este fenômeno midiático, que assolou a internet, obrigando a grande mídia a se curvar perante às denúncias e cobertura dos ninjas. Mas os entrevistadores estavam mais preocupados em se proteger e explicar suas próprias práticas viciadas, do que debater os rumos da mídia diante do impacto das manifestações e do novo jornalismo dos ninjas.

Os jornalistas tinham ares de inquisidores, buscavam disfarçar seu incômodo. Estavam incomodados porque os ninjas profanaram o dogma do mercado e questionaram o mito da imparcialidade jornalística. A tônica dos entrevistadores era a tradicional esquizofrenia de reduzir toda a discussão a dois pontos basicamente: a) formas de financiamento; b) relações com partidos políticos. Uma tentativa de desmoralizar o debate sobre democratização da mídia, lançando dúvidas sobre a idoneidade dos entrevistados. 

Os entrevistadores não entendiam, nem queriam entender como era possível uma imprensa baseada na organização popular, assumidamente parcial e disposta a compreender que a cobertura das manifestações era um serviço à democracia. Os carcomidos jornalistas queriam apenas jogar palavras ao vento, causando um suposto sentimento de dúvidas sobre a autonomia jornalística e a transparência das contas do Fora do Eixo, entidade que garante ajuda financeira à Mídia Ninja.

Não concordo com os parâmetros do Fora do Eixo, pois acredito que a cultura deve ser pensada como política pública e não como empreendedorismo. No entanto, a condução do debate no Roda Viva era criticar o jornalismo feito pelas pessoas “comuns”, um jornalismo que não é negócio, chegando, inclusive, a levantar a ideia que nem poderia ser considerado jornalismo, já que a Mídia Ninja se baseia em coberturas espontâneas.
           
Não aceitavam que a imprensa deva ser engajada ou assumir um lado. A mitológica neutralidade é um esconderijo poderoso para as corporações midiáticas, que não se furtam de defender seus apadrinhados, sempre ligados ao grande poder econômico. A imparcialidade garante uma impressão de verdade absoluta, muito útil quando se procura escamotear a diversidade de opiniões. Alguns jornalistas, portanto, estavam representando bem seus chefes quando questionavam os ninjas.

É fato que Bruno Torturra está numa aventura com a REDE da Marina Silva, e Pablo Capilé possui relações com o PT mais próximas do que realmente afirma, mas isso não invalida em nada o debate sobre democratização da mídia e o legado deixado pela cobertura das manifestações feito pela Mídia Ninja. Mais uma vez a grande mídia quer confundir para manter as coisas como estão. Não querem que a sociedade debata a informação que é veiculada, não querem outras versões, não querem perder o monopólio da comunicação.

Mídia Ninja, na ordem: Filipe Marçal, Bianca Buteikis,
 Bruno Torturra, Felipe Altenfelder e Thiago Dezan
São interesses econômicos, assentados em poucas famílias, que garantem o revezamento de poder no país. Mexer na mídia é mexer nas oligarquias, em negócios que organizam a pauta política do país. Não querem deixar de ser o quarto poder, de receber os gordos incentivos fiscais e manter suas renovações de concessão sem que haja qualquer debate com a sociedade.

Independente dos caminhos e descaminhos da Mídia Ninja, abriu-se um debate fundamental sobre a democratização da mídia, que expressa a indignação das pessoas. Quando as ruas entoaram palavras de ordem contra a Rede Globo e vaiaram diversos canais de TV estavam de alguma forma questionando esta lógica fisiológica e comercial da mídia.  Façamos a nossa mídia!


sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Manifestantes denunciam o descaso, defendem pauta de reivindicações e cobram providências


Arte dos manifestantes que ocuparam a Câmara
Segue a carta provisória entregue aos vereadores presentes na Câmara Municipal dia 8 de Agosto.

              A juventude do Estado do Rio de Janeiro está ocupando a Câmara de Vereadores de Niterói, assim como a juventude de todo o Brasil vem fazendo, no intuito de expressar seu repúdio, contido em anos de opressão e descaso dos governantes para com a população.Depois das lutas ocorridas no mês de junho, os governos da presidente Dilma e Sérgio Cabral não atenderam as demandas apresentadas pelo povo nas ruas. Em Niterói não é diferente, o prefeito Rodrigo Neves, do PT, vem fazendo da cidade um balcão de negócios, entregando a cidade aos empresários. As negociatas que bancaram sua campanha estão pagas por favores, cargos contratos. Dessa forma, o prefeito remove os trabalhadores ambulantes do espaço público da cidade a partir do projeto Calçada Livre. Além disso, mantém os lucros das empresas de transportes públicos, entrega a cidade à especulação imobiliária, removendo por vezes de maneira branca a população pobre da cidade. Em pleno desacordo com a população, enviou, em regime de urgência, o PL 143/13, que cria a Operação Urbana Consorciada (OUC), que pretende vender o centro da cidade para empreiteiras que financiaram a campanha eleitoral do atual prefeito de Niterói. Sabendo-se que a OUC reproduzirá o modelo de renovação branca da população pobre de Niterói.Com espírito publico anti-privativo, nos indignamos com o silêncio do prefeito e da Câmara de Vereadores de Niterói perante a privatização do Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP).Por isso o povo OCUPA a Câmara Municipal de Niterói em resposta a todos os crimes que o povo vem sofrendo.Nossas reivindicações emergenciais são:a. Fora Cabral; Exigimos que a Câmara assine uma moção de repúdio escrita pelo povo esta noite, durante nossa assembleia. Abaixo ao Choque de Ordem do Rodrigo Neves; Projeto Calçada Livre, feito pelo Secretário Marcus Jardim.c. Pela estatização dos transportes “públicos” de Niterói.Nosso movimento de Ocupação definirá coletivamente durante a noite de hoje (08/08/13) o curso a ser seguido em função das pautas expressas neste documento emergencial.Inicialmente só iniciaremos a discussão quando tivermos um posicionamento da maioria dos vereadores em apoio as nossas reivindicações sobre sair da Câmara.

                Niterói, 8 de Agosto de 2013

Assinaram a carta com as pautas do povo:- Renatinho Ribeiro de Freitas (PSOL)- Luiz Carlos Gallo de Freitas (PDT)- Henrique Vieira (PSOL)- Milton Carlos Cal (PP)- Pastor Ronaldo (PMN)- Paulo Eduardo Gomes (PSOL)- Leonardo Jordano (PT); Ressalvo discordância em relação ao texto político introdutório mantendo firme apoio às propostas e ao movimento.- Bruno Lessa (PSDB); Ressalvo proposto 3 de estatização do transporte público.


Primeira semana: OCUPAÇÃO DO PLENÁRIO MARCA INÍCIO DOS TRABALHOS NO LEGISLATIVO


 
Na sessão da última terça-feira (6/8), primeira depois do recesso parlamentar, o vereador Renatinho (PSOL) cobrou uma solução para as pessoas que trabalhavam no Largo da Batalha, mas que foram retiradas pela Prefeitura de Niterói. “Essas pessoas precisam trabalhar”, disse. Renatinho (PSOL) também criticou a forma violenta como o governador Sérgio Cabral trata os movimentos sociais e os índios (assista:


Durante a sessão desta quinta-feira (8/8), um grupo de manifestantes (a maioria estudantes) ocupou, de maneira pacífica, as galerias da Câmara de Vereadores de Niterói (foto). O grupo, que recebeu todo o apoio de Renatinho (PSOL), decidiu permanecer na Câmara. 

            “Assinamos, inclusive, a carta que eles fizeram com a pauta de reivindicações, entre as quais a aprovação de moção contra o governador Sérgio Cabral. Nossos jovens dão exemplo de cidadania, consciência política e sentido de coletividade. Com certeza, todo apoio ao grupo”, assinalou Renatinho (PSOL), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Até o fechamento desta edição, os manifestantes permaneciam no plenário da Câmara de Vereadores de Niterói.

            Ainda na primeira semana depois do retorno do recesso parlamentar, Renatinho (PSOL) usou seu tempo regimental na tribuna da Câmara para solicitar ao prefeito Rodrigo Neves (PT) a retirada do polêmico projeto de lei 143/2013, que institui a chamada “Operação Urbana Consorciada” para a área central de Niterói, pois há várias irregularidades na proposta – que, na prática, é a “venda” daquela área às grandes empreiteiras.

            Ministério Público, Fórum UFF Cidade, CCOB, Núcleo do Leste Metropolitano do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-RJ), entre outras entidades e movimentos organizados de Niterói, assim, como nós do PSOL, somos contra este projeto. Entre as inúmeras razões, a primeira é que a proposta necessitaria de ser precedida da revisão do Plano Diretor do município, que deveria ter sido revisto há mais de 10 anos.

            Com a construção de dezenas de prédios na região, inclusive dois de 40 andares cada, serão expulsos do Centro, e dos outros bairros próximos atingidos pelo projeto, antigos moradores, o comércio tradicional e os ambulantes. Não há garantia de que as empresas que ficarão responsáveis pela construções o aumento de serviços básicos de infraestrutura. A proposta foi alvo de uma investigação no Ministério Público de Niterói, pois existem violações claras ao Plano Diretor da cidade, Plano Urbanístico Regional (PUR) e Estatuto das Cidades.   


Leia mais sobre o projeto


domingo, 4 de agosto de 2013

SE LIGA NA GENTE!

NOSSA AGENDA


05 de agosto – Segunda-feira, às 14 horas, reunião com os promotores do Ministério Público sobre o projeto de lei do Centro de Niterói. Local: MP.

Reunião Frente Ampla pela Liberdade de Expressão. Local: Sindicato dos Jornalistas, no Rio.

Abertura da CPI dos Ônibus, às 14 horas. Local: Auditório da Câmara de Vereadores. 

08 de agosto  -  Quinta-feira, 17 horas, Ato contra CCR Barcas e Fora Cabral. Local: Praça Araribóia.

Paralisação de 24 horas dos profissionais de Educação do Estado com assembleia às 14 horas, na ACM, no Rio (Rua da Lapa, 86, Centro).


09 e 10 de agosto  -  Sexta e sábado, 17 horas  (abertura), I Conferência Municipal de Meio Ambiente - Política de Resíduos Sólidos. Local : CDL-Niterói - R. Andrade Neves, 31 – Centro (abertura).

DEU NA IMPRENSA

  Em julho, a equipe da Revista da Câmara de Vereadores acompanhou o lançamento da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Crianças e Adolescentes. No próximo dia 15 de agosto, no auditório da Câmara de Vereadores de Niterói, haverá a primeira reunião da Frente. 

    Iniciativa da Comissão Permanente dos Direitos Humanos, de Defesa da Criança e do Adolescente, presidida pelo vereador Renatinho (PSOL), o objetivo da Frente é reunir parlamentares de diversos partidos para dialogar com a sociedade civil organizada e representada nos fóruns permanentes de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente para defender as crianças de todo tipo de violência: física, psicológica, moral, enfrentamento à exploração do trabalho infantil, exploração sexual.

    A Frente, lançada no início de julho na Câmara de Vereadores, também busca solidificar, através da parceria entre o movimento social organizado, organizações não governamentais, órgãos governamentais, a garantia pelos direitos como saúde, educação, assistência social, habitação, esporte, cultura e lazer.

Leia! Ajude a divulgue!



VEREADOR RENATINHO (PSOL) DEFENDE A CRIAÇÃO DE MERCADO POPULAR EM NITERÓI

         
        O vereador Renatinho (PSOL) solicitou, através de indicação legislativa, que a Prefeitura crie um mercado popular para abrigar ambulantes cadastrados do Centro de Niterói. Antiga reivindicação dos ambulantes, o espaço abrigaria barracas que seriam ordenadas.

    “Os ambulantes só estão nas ruas porque não têm emprego. Com o mercado funcionando em um lugar de fácil acesso de quem deseja comprar, todos ganharão com isso”, afirmou Renatinho (PSOL).

        Segundo Renatinho (PSOL), em várias cidades os ambulantes têm um espaço digno para instalar barracas e/ou box, trazendo dignidade para a categoria.

   “A discriminação que os ambulantes enfrentam diariamente é muito grande. Em um espaço só deles, isso não acontecerá. Além disso, eles não terão mais que enfrentar o sol e chuva”, completou Renatinho (PSOL).

 Ainda segundo o vereador, esses ambulantes poderão se tornar microempreendedores individuais.            
 “Com isso, poderão ter acesso a crédito para ampliar o seus negócios”, disse. 









VEREADOR RENATINHO (PSOL) SOLICITA ALTERNATIVA PARA A TRAVESSIA NA MARQUÊS DO PARANÁ

Idosa se arrisca entre os carros
       Por meio de indicação legislativa, o vereador Renatinho (PSOL) solicitou que a Prefeitura de Niterói providencie estudos para viabilizar a instalação de uma passarela ou passagem subterrânea próxima ao cruzamento da Avenida Marquês do Paraná com Rua Arildo Martins, no Centro. Segundo o vereador, a medida evitaria com que os moradores e pedestres que precisam atravessar a Marquês do Paraná, a maioria idosos, tenham que caminhar mais de dois quarteirões.

            “Fui procurado por moradores e pessoas que circulam naquelas vias e me relataram as dificuldades enfrentadas diariamente. Quando ficar pronta a unidade pública de saúde da esquina da Marquês do Paraná com Arildo Martins (onde funcionava o antigo hospital Santa Mônica) aumentará o fluxo de pessoas na região, mais uma razão de a Prefeitura olhar com carinho para o pleito da população”, defendeu Renatinho (PSOL), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Vereadores.

         No trecho entre os sinais de trânsito que ficam em frente ao Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap) e o Clube Rio Cricket, na sexta-feira (2), foi possível registrar pessoas se arriscavam para atravessar a Marquês do Paraná.

         A nutricionista Carla de Souza, de 29 anos, reclama da falta de um sinal ou de uma passarela na via, o que evitaria andar quase dois quarteirões. “Moro num prédio da Arildo Martins e para ir ao supermercado do outro lado da via, preciso atravessar no meio dos carros se não quiser andar quase dois quarteirões”, afirmou ela.