A história da ilusão das privatizações dos serviços públicos
Em 1998 o então governador do Rio de Janeiro, Marcello
Alencar (PSDB), anunciava a privatização dos serviços das barcas, até então
administrada pela empresa pública CONERJ. O projeto de privatização contou com
o decisivo apoio do então deputado Sérgio Cabral (na época do PSDB), presidente
da ALERJ. De lá pra cá, tivemos a Transtur, a Barcas S/A e agora a empresa CCR,
que adquiriu 80% da participação do consórcio.
Hoje quatorze anos após a privatização o preço do transporte
subiu em mais de 400% (muito acima do índice da inflação, enquanto nossos
salários não acompanham sequer o crescimento da inflação) e encontra-se próximo
de sofrer novo aumento (dia 02 de abril). Enfrentamos todos os dias filas
imensas nos horários de pico, embarcações que ficam à deriva na baía, calor nas
instalações, superlotação, gerando insegurança ao usuário. Diversas vezes as
máquinas que recarregam o Bilhete Único ficam fora do ar, obrigando as pessoas
a pagarem a tarifa de R$ 4,50. Como se não fosse suficiente todos esses
transtornos, o usuário das barcas não podem mais contar com os serviços da
empresa após a meia noite, o que é um verdadeiro toque de recolher na região
metropolitana do estado: Rio de Janeiro, Niterói e São Gonçalo.
A privatização das barcas e de outros espaços públicos longe
de melhorar os serviços prestados à população seguem obedecendo apenas à lógica
do lucro. Empresários gananciosos colocam seus interesses acima dos direitos
sociais da população. Temos que dar um basta!
Vereador Renatinho (PSOL) no Ato contra o aumento da tarifa foto de Luiz Dutra |
Também participamos da incondicional defesa da liberdade de
expressão, quando o professor de História Henrique Monnerat, ativista em defesa
do transporte público de qualidade, foi intimado pela polícia, a pedido da
antiga responsável pela concessão Barcas S/A. Prestamos a nossa solidariedade e
denunciamos este ato autoritário da concessionária, que visava unicamente
intimidar a população a não lutar por seu direito de ir e vir. Novamente vemos
o mesmo ato autoritário, agora executado pela concessionária CCR, que intimida
o estudante Raphael Costa com uma liminar que o constrange a não participar do
ato no dia 2 de abril. Nosso mandato se solidariza com todos os lutadores. Não
podemos nos calar diante desta postura antidemocrática. Chega de covardia!
O transporte das barcas deve ser público!
Pelo retorno do trajeto durante a madrugada (0 hora às 05 horas).
Pela redução de tarifas, ampliação do número de embarcações
e abertura da estação das barcas de São Gonçalo.
Auditoria já: pela averiguação das contas e fiscalização do
serviço prestado!
Isto é uma petição ? já existe alguma ?
ResponderExcluirIza Canellas.