sexta-feira, 5 de abril de 2013

TRANSPORTE NÃO PODE SER UM NEGÓCIO! DEVE SER UM DIREITO DO POVO!


Cotidianamente a população de Niterói e São Gonçalo sofre com a precariedade dos serviços das barcas. Mas por que isso acontece?

A história da ilusão das privatizações dos serviços públicos

Em 1998 o então governador do Rio de Janeiro, Marcello Alencar (PSDB), anunciava a privatização dos serviços das barcas, até então administrada pela empresa pública CONERJ. O projeto de privatização contou com o decisivo apoio do então deputado Sérgio Cabral (na época do PSDB), presidente da ALERJ. De lá pra cá, tivemos a Transtur, a Barcas S/A e agora a empresa CCR, que adquiriu 80% da participação do consórcio.

Hoje quatorze anos após a privatização o preço do transporte subiu em mais de 400% (muito acima do índice da inflação, enquanto nossos salários não acompanham sequer o crescimento da inflação) e encontra-se próximo de sofrer novo aumento (dia 02 de abril). Enfrentamos todos os dias filas imensas nos horários de pico, embarcações que ficam à deriva na baía, calor nas instalações, superlotação, gerando insegurança ao usuário. Diversas vezes as máquinas que recarregam o Bilhete Único ficam fora do ar, obrigando as pessoas a pagarem a tarifa de R$ 4,50. Como se não fosse suficiente todos esses transtornos, o usuário das barcas não podem mais contar com os serviços da empresa após a meia noite, o que é um verdadeiro toque de recolher na região metropolitana do estado: Rio de Janeiro, Niterói e São Gonçalo.

A privatização das barcas e de outros espaços públicos longe de melhorar os serviços prestados à população seguem obedecendo apenas à lógica do lucro. Empresários gananciosos colocam seus interesses acima dos direitos sociais da população. Temos que dar um basta!

Mandato do Vereador Renatinho: na rua e na luta!

Vereador Renatinho (PSOL) no Ato contra o aumento da tarifa
foto de Luiz Dutra
O mandato do vereador Renatinho (PSOL) participou de todas as mobilizações contra os abusivos reajustes das tarifas. Coletamos mais de 20 mil assinaturas contra o reajuste para R$ 4,50. Denunciamos o verdadeiro caráter do Bilhete Único como mecanismo de financiamento público para os bolsos dos empresários de transportes, já que o dito desconto do Bilhete Único, na verdade é pago com os nossos impostos, dinheiro público.

Também participamos da incondicional defesa da liberdade de expressão, quando o professor de História Henrique Monnerat, ativista em defesa do transporte público de qualidade, foi intimado pela polícia, a pedido da antiga responsável pela concessão Barcas S/A. Prestamos a nossa solidariedade e denunciamos este ato autoritário da concessionária, que visava unicamente intimidar a população a não lutar por seu direito de ir e vir. Novamente vemos o mesmo ato autoritário, agora executado pela concessionária CCR, que intimida o estudante Raphael Costa com uma liminar que o constrange a não participar do ato no dia 2 de abril. Nosso mandato se solidariza com todos os lutadores. Não podemos nos calar diante desta postura antidemocrática. Chega de covardia!

O transporte das barcas deve ser público! 

Pelo retorno do trajeto durante a madrugada (0 hora às 05 horas).

Pela redução de tarifas, ampliação do número de embarcações e abertura da estação das barcas de São Gonçalo.

Auditoria já: pela averiguação das contas e fiscalização do serviço prestado!  

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