sábado, 27 de abril de 2013

CÂMARA APROVA LIBERAÇÃO DE LIMITE DE ENCARGOS PARA CONTRIBUINTES DEVEDORES DO IPTU



A Câmara de Vereadores de Niterói aprovou, na última quinta-feira (25), projeto de lei, de autoria do Poder Executivo, que revoga artigo do Código Tributário que garantia ao contribuinte que o máximo de juros de mora que a Prefeitura pode cobrar no IPTU era de 20% (o juros de mora é de 1% ao ano, podendo chegar a 20% ao longo de 20 meses). Votaram contra os vereadores Renatinho, Paulo Eduardo Gomes (ambos do PSOL) e Bruno Lessa (PSDB).
           
O Código Tributário dispõe há anos da proteção ao contribuinte contra o acúmulo desmedido de juros de mora. A bancada do PSOL entendeu que merecia ser mantido. A vedação ao
caráter confiscatório dos tributos, prevista  pela Constituição Federal, deveria ser estendida à lei local. Os juros de mora de 1% ao mês tratam de acréscimo muito além das perdas monetárias ou atualização dos valores devidos.

A bancada do PSOL, composta por Paulo Eduardo, Renatinho (PSOL) e Henrique Vieira, defendeu a necessidade de que seja mantido um limite razoável para a incidência dos juros monetários, não podendo ser tão baixo que estimule o inadimplência, nem tão alto que possa resultar em valor desproporcional e, inclusive, superior ao próprio tributo e o limite máximo de 20% na cobrança dos juros já contempla essas preocupações. Trata-se de limite que não deixa a dívida ficar insanável.

            “Resta à Administração Pública ser mais ágil e eficiente em suas cobranças, realizando as devidas execuções regularmente. Por isso votamos contra a Mensagem do Governo do PT. O ônus da inércia da Administração Pública em cobrar seus tributos não pode ser passada ao contribuinte e nem servir de base a uma fonte injusta de arrecadação.”, disse o vereador Paulo Eduardo, líder da bancada do PSOL na Câmara.

Se a Prefeitura demora a realizar a cobrança, o cidadão não pode ser penalizado. O contribuinte tem que pagar um valor justo pelo que deve e não ser vítima de uma indústria de cobrança de juros que a prefeitura parece querer implantar.

            “Neste sentido, Rodrigo já demonstra que está indo por um caminho até pior do que Jorge Roberto, que seguia o Código Tributário e cobrava o máximo de 20% de juros. Agora o atual governo quer poder chegar a 100%, 200% de juros de mora sobre um contribuinte. A prefeitura não tem sequer moral para isso. Tem é que cobrar anualmente o IPTU, possibilitando que as pessoas paguem suas dívidas dentro de um teto razoável, cobrando judicialmente os atrasos, mas não deixando acumular para depois superfaturar sobre o cidadão”, disse Renatinho (PSOL).



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