A Câmara de Vereadores de Niterói aprovou nesta quarta-feira (04-04), em segunda discussão, projeto de lei do vereador Renatinho (PSOL) dando o nome da juíza Patrícia Acioli à atual Rua E, no Loteamento Empreendimento Agrícola e Industrial Fluminense, no Badu. Patrícia Acioli foi brutalmente assassinada em 11 de agosto de 2011, após ser atingida por 21 tiros, quando chegava em casa, em Piratininga, na Região Oceânica de Niterói.
“A solicitação de conceder nome à rua partiu dos amigos e da família da homenageada, visto ela ter sido uma emérita divulgadora do nome de nossa cidade, através de suas atitudes coerentes e corretas em defesa dos direitos dos oprimidos”, assinala Renatinho, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara.
A juíza tinha um histórico de condenações contra criminosos que atuavam em São Gonçalo. Entrem os alvos investigados por ela, estavam quadrilhas que agiam na adulteração de combustíveis e no transporte alternativo, entre outros crimes, inclusive, envolvendo policiais militares acusados de homicídios. Investigações apontam que a ordem para o crime teria sido do tenente-coronel Cláudio Oliveira, na época comandante do batalhão de São Gonçalo, cidade onde Patrícia atuava como juíza criminal.
“Desde jovem, advogava o direito dos pobres encarcerados sem reserva legal. Foi simples servidora sem ônus para os cofres públicos, fazendo tombamento dos novos processos na 43ª Vara Cível do Rio de Janeiro, onde muito jovem teve seus primeiros contatos com o Judiciário. Em pouco tempo, guindou-se ao cargo de defensora pública em concurso de provas e títulos, patrocinando interesses dos juridicamente pobres, trabalhando e estudando com afinco na incansável perseguição de fazer justiça. Dessa forma, investiu-se no alto cargo de magistrada fluminense, em concurso público de nota, em difícil seleção como costumeiro”, consta na justificativa do vereador Renatinho do Psol.
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