A Associação de
Preservação das Lagunas de Maricá (APALMA) protocolou, na quinta-feira (19-04),
uma representação no Ministério Público Estadual (MPE) solicitando abertura de
inquérito civil público para apurar supostas irregularidades no projeto e no
licenciamento do emissário submarino do COMPERJ. O documento aponta falhas e
irregularidades apontadas por especialistas. Com a representação,
foi anexada a Indicação Legislativa 187/2012, de autoria do vereador Renatinho
do PSOL, solicitando ao governador Sérgio Cabral e ao presidente do Instituto
Estadual do Ambiente a interrupção do processo de licenciamento do duto. A Indicação do vereador solicita ainda a realização imediata de audiência pública na cidade de Niterói.
Para o vereador
Renatinho, que no momento da reunião com o Ministério Público estava exercendo
atividade parlamentar - participando da Sessão Plenária da Câmara - e foi
representado por sua assessoria, o despejo de resíduos industriais no mar é um
crime ambiental que não pode ser admitido sob nenhuma hipótese.
“Existem tecnologias
modernas que são usadas em outras refinarias, como a de Capuava, em São Paulo.
Lá é feita a reutilização dos dejetos industriais. A Petrobras não pode querer
economizar dinheiro e acabar com o meio ambiente e com a vida de centenas de
pescadores de Maricá e de Niterói, além de trazer riscos para a saúde de
banhistas e acabar com nossas praias. O inquérito está aberto pelo MP e agora
vamos precisar do apoio de todos para fazer cada vez mais pressão social elevar
informações que ajudem a impedirmos esse absurdo que é a instalação do duto”,
afirmou Renatinho do PSOL
A representação foi
elaborada em conjunto com o Grupo de Trabalho Fora Duto, que compõe o Conselho
Consultivo do Parque Estadual da Serra da Tiririca. Entidades como o Conselho
Comunitário da Região Oceânica (CCRON), o Ecoando - Ecologia e Caminhadas, a Associação dos
Sitiantes da Serra da Tiririca (ASSET), e outras, que estiveram na entrega da
representação, também foram signatárias da denúncia.
“Estas são as primeiras
etapas para a abertura de uma eventual ação civil pública, que uma vez
instaurada, poderá obrigar a Petrobras a readequar ou mesmo refazer o projeto,
além de cobrar das autoridades a lisura, a ética e o respeito às leis exigidos
num processo de licenciamento”, disse o coordenador do GT Fora Duto, Cássio
Garcez, do Ecoando.
Este momento que
antecede à abertura de inquérito é de extrema importância, já que subsidia com
dados técnicos, manifestações da sociedade e instrumentos de luta (como o
abaixo-assinado) o processo. Por isso, esta é a hora de conseguir todas as
assinaturas possíveis.
A APALMA é uma ONG que
vem batalhando com afinco pela defesa do meio ambiente de Maricá. Integra
vários coletivos ambientalistas, entre eles o Conselho Consultivo do Parque
Estadual da Serra da Tiririca e seu grupo de trabalho, que estudou por mais de
um ano as ameaças do emissário do COMPERJ e obteve importantes resultados.
Precisamos de mais informações: onde passa o duto, como ameaça a orla de Itaquatiara. Houve uma postagem de Alex Grael dizendo que a água suja da praia era fruto de dragagem da boca da Baia onde os navios de minério de Eike Batista estavam encalhando. Precisamos de mais detalhes sobre tudo que se refere ao povo de Niteroi ligado ao COMPERJ. Não há informações circulando.
ResponderExcluiranexo o endereço do relatório da insustentabilidade de Vale, como exemplo de documentação para a luta.
http://atingidospelavale.files.wordpress.com/2012/04/relatorio-insustentabilidade-vale-2012.pdf