"A opressão aos LGBTTS é um tema que merece
toda a nossa militância. E tivemos um grande debate na sociedade quando o
conservador Marcos Feliciano ascendeu à posição de presidente da Comissão de
Direitos Humanos da Câmara Federal. Mas o conservadorismo que cresce em nossa
sociedade é muito mais amplo que este fato isolado.
No dia 27 de
abril, tivemos a triste notícia de que um jovem de origem nordestina foi
agredido covardemente por sete homens em nossa cidade, em plena Praça
Araribóia, no Centro. Identificados como neonazistas, tais pessoas pregam e
praticam a violência e a intolerância.
Eu, como
presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Vereadores de Niterói,
repudio tal prática absurda e, mais que isso, conclamo as autoridades a
averiguarem profundamente este fato. O que presenciamos é um ataque frontal aos
direitos humanos e à democracia.

Esta lógica
leva a uma sociedade em que os direitos humanos mais fundamentais e básicos
sejam violados cotidianamente. A violência, a intolerância, o preconceito são
vestígios de uma sociedade que caminha para a barbárie. A luta pelos direitos
humanos, portanto, é uma tarefa dos socialistas, que não pode ser
secundarizada. Não pode haver qualquer forma de opressão na sociedade que
defendemos.
A
criminalização da pobreza, o racismo, a opressão contra LGBTTS, nordestinos e
mulheres são questões essenciais a serem combatidas. Apesar de parecer
redundância, afinal, exigimos direitos humanos, para a sociedade composta por
humanos, na verdade, torna-se cada vez mais cotidiano fatos horrendos como este
que ocorreu na Praça Araribóia. Nossa sociedade torna seres humanos
mercadorias, objetos, e é nosso dever combater esta lógica injusta.
Gostaria de
reafirmar aqui, portanto, a importância de ser estabelecida uma investigação a
fundo deste grupo que defende uma ideologia baseada em ódio e intolerância como
é o nazismo. Nós do PSOL, como socialistas que somos, não nos calamos diante
deste absurdo. Nosso partido tem dado grandes passos na defesa dos direitos
humanos, seja com o Marcelo Freixo na CPI das Milícias, seja com Jean Wyllys na
luta contra a homofobia e racismo da bancada fundamentalista.
Por isso,
nosso mandato, assim como a bancada de Niterói, sabe que os regimes
totalitários que tanto destruíram vidas e sonhos ao longo da história se
basearam nesta mesma intolerância. Neste mesmo sentimento que moveu pessoas a
perseguirem seres humanos desumanamente. Por isso, que é tão fundamental o
respeito às distintas formas culturais de nossa sociedade. Só assim, poderemos
garantir uma unidade do diverso, uma democracia de fato”.
Pronunciamento
do vereador Renatinho (PSOL), presidente da Comissão de Direitos Humanos da
Câmara de Niterói.
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