foto de Nathália Félix |
Resíduos na orla da Praia da Região Oceânica de Niterói podem estar causando danos irreparáveis à região e prejudicando a pesca. INEA admite ter que reavaliar situação do 'bota-fora'
Na noite da última terça-feira, em audiência pública promovida pelo vereador Felipe Peixoto (PDT), na Câmara Municipal de Niterói, os técnicos do Inea disseram que os resíduos de dragagem não são contaminantes e que estão sendo retirados com o passar do tempo. No entanto, em nota divulgada pela assessoria, o instituto informou que vai rever a situação e, caso os problemas persistam, medidas adicionais serão tomadas como aplicação de multas. Dependendo da irregularidade, licenças poderão ser cassadas.
O material é depositado nas proximidades das Ilhas Carragas, a uma profundidade de 35 metros. Os profissionais da pesca alegam que este problema já acontece há 10 anos, mas que se intensificou de uns tempos para cá. A ação ameaçaria o trabalho dos cerca de 850 pescadores que atuam na região porque o entulho é considerado como contaminado.
O professor do Departamento de Biologia Marinha da Universidade Federal Fluminense (UFF), Abílio Gomes, explica por que estes materiais são contaminados. Segundo o especialista, os resíduos ficam em um espaço sem oxigênio no porto e, quando jogados no ambiente arejado, liberam uma grande quantidade de metais.
jornal O Fluminense, 03/12/010
Nenhum comentário:
Postar um comentário