Ato na Praia de Icarai em repúdio ao assassinato da Juiza Patricia Acioli. |
A juíza Patrícia Acioli morreu quando chegava em casa, na rua dos Corais, em Piratininga, região oceânica de Niterói. Segundo testemunhas, dois homens em uma moto fizeram os disparos contra o carro da magistrada, um Fiat Idea. A polícia investiga se um carro ou uma moto foi colocado na entrada da garagem para impedir a entrada do carro da juíza na garagem. De acordo com Ettore, o Disque-Denúncia está passando informações em tempo real para a DH, que está com 60% de todo seu efetivo empenhado neste caso.
Patrícia estava numa "lista negra" com 12 nomes possivelmente marcados para a morte, encontrada com Wanderson Silva Tavares, o Gordinho, preso em janeiro deste ano em Guarapari (ES). Ele é considerado chefe do grupo de extermínio investigado por pelo menos 15 mortes em São Gonçalo nos últimos três anos. O presidente do TJ, Manoel Alberto Rebelo dos Santos, esteve no local do crime e disse que ela já havia recebido ameaças.
Patrícia era juíza também do caso Alexandre (V) Ivo, adolescente assassinado barbaramente em São Gonçalo. A próxima audiência aconteceria em setembro. De acordo com a imprensa, a juíza participaria ainda na próxima semana de um julgamento importante envolvendo milicianos. Patrícia Acioli foi a responsável pela prisão de quatro cabos da polícia militar e uma mulher, em setembro de 2010, acusados de integrar um grupo de extermínio de São Gonçalo. A quadrilha sequestrava e matava traficantes para depois pedir resgates de r$ 5 mil a r$ 30 mil a comparsas e parentes das vítimas.
Ela também decretou, em janeiro deste ano, a prisão preventiva de seis policiais acusados de forjar auto de resistência na cidade. No início da semana, Patrícia Acioli condenou a um ano e quatro meses de prisão, por homicídio culposo, o tenente da PM Carlos Henrique Figueiredo Pereira pela morte do estudante Oldemar Pablo Escola de Faria, na época com 17 anos. Ele foi baleado na cabeça na boate Aldeia Velha, no bairro Zé Garoto,em São Gonçalo , em setembro de 2008.
Ela também decretou, em janeiro deste ano, a prisão preventiva de seis policiais acusados de forjar auto de resistência na cidade. No início da semana, Patrícia Acioli condenou a um ano e quatro meses de prisão, por homicídio culposo, o tenente da PM Carlos Henrique Figueiredo Pereira pela morte do estudante Oldemar Pablo Escola de Faria, na época com 17 anos. Ele foi baleado na cabeça na boate Aldeia Velha, no bairro Zé Garoto,
Juiza Patricia Acioli - em exemplo de luta por uma sociedade melhor para todos. |
A ONG Rio de Paz fez, nesta sexta-feira, um ato público pela morte da juíza. Uma cruz de cinco metros de altura foi erguida na Praia de Icaraí, onde uma faixa que questionava “Quem silenciou a voz da Justiça?”, cercada por velas, lembrava o crime. O presidente da organização, Antônio Carlos Costa chamou a atenção para a gravidade do episódio.
“Só de pensar que homens armados, de forma organizada, silenciaram a voz da Justiça, num país onde parte dos problemas resultam da cultura de impunidade é coisa que desperta indignação de uma sociedade que espera encontrar mais agentes do poder público com nível de compromisso com a constituição federal, como o da juíza assassinada”, disse ele.
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