sábado, 20 de julho de 2013

A Rede Globo na mira do gigante


As manifestações do povo nas ruas mostraram a indignação como a muito não se via. A pauta de reivindicações começou contra o reajuste da tarifa de transportes e se ampliou intensamente, mostrando todo acúmulo de opressão que os trabalhadores vêm sofrendo. Mas a questão da mídia talvez tenha sido um dos elementos mais novos nesta conjuntura de mobilização. A grande maioria dos atos foi muito crítica a mídia, principalmente a Rede Globo, que buscou em suas coberturas desqualificar as manifestações como orquestrações de baderneiros. Em diversos momentos repórteres não conseguiram fazer suas matérias, pois a população enxergava nestes o interesse de difamar as manifestações.

Tal reação é o acúmulo de uma situação de calamidade nos meios de comunicação no Brasil. Restrita a 11 famílias e seus apadrinhados, a mídia brasileira é uma oligarquia de alta tecnologia, um instrumento fundamental para a dominação ideológica. O interessante é que o debate sobre o povo construir a sua mídia foi aprofundado.  Grupos de mídia livre postaram na internet a versão alternativa sobre as manifestações, sem as manipulações dos conglomerados empresarias de comunicação, mostrando a nossa versão dos fatos. Assim, podemos obter informações importantes que são omitidas pelos grandes veículos de mídia ou mesmo manipuladas, tais como o teor da truculência da polícia, o número verdadeiro de manifestantes, os eixos políticos, apresentados pelos manifestantes etc.



Atos contra a Rede Globo foram organizados em julho, dando continuidade às mobilizações. Os manifestantes questionavam a cobertura oportunista e difamatória, externalizando a indignação
contra uma emissora que foi criada nos porões da ditadura militar. 

A acusação de que a Rede Globo deve a Receita Federal mais de R$ 600 milhões acabou aprofundando as críticas. Misteriosamente o processo teria sumido com o auxílio de uma funcionária da Receita Federal, já exonerada, o que reafirma a suspeita sobre a Globo. O que fica é que os movimentos sociais e a população estão cada vez mais dispostos a organizar meios de comunicação alternativos. Não podemos parar, temos que lutar por uma mídia pública a serviço dos trabalhadores. A Globo está na mira do gigante e o coro deve continuar: o Povo Não é Bobo, Abaixo a Rede Globo!

Nenhum comentário:

Postar um comentário