quarta-feira, 20 de abril de 2011

Um Dia de Índio na Aldeia Guarani Tekoá Mboy-ty (Mbyá Itarypu) em Camboinhas


Vista da enseada de Itaipu
19 de abril, Dia do Índio (como se o Índio só existisse nesse dia...) 

Chegamos à aldeia preocupados porque no dia anterior havíamos denunciado, a pedido do Cacique Darci, a invasão por uma Construtora, através de seus capangas, que diziam estar ali para medir a terra. Em julho de 2008, a aldeia Mbyá Itarypu foi criminosamente incendiada. Temíamos que estivessem preparando mais alguma maldade contra os índios, e estão! 


Ao chegarmos, encontramos cinco homens que, fingindo conversar, observavam toda a movimentação de entrada e saída na aldeia. Ao perceberem nossa chegada, imediatamente se dispersaram, não dando tempo para serem fotografados.  


Crianças brincando


Enquanto, na aldeia, mulheres e crianças faziam uma apresentação do Canto-coral e exposição dos artesanatos, os homens estavam atentos, preparados para qualquer reação de defesa que se fizesse necessária. A manhã transcorreu nesse clima de apreensão e festa. Conversamos, cantamos com eles, comemos pamonha com mel e brincamos! Na aldeia todos brincam!  Os adultos dão atenção às crianças ao mesmo tempo em que conversam e nos dão informações. De vez em quando, chegava uma nova informação:
“Os homens estão lá novamente... Conseguimos filmar... O vereador Renatinho viu... A FUNAI já ligou querendo saber o nome da empresa...”.


Profa. Marinete, Ver. Renatinho, Cacique Darci e sua esposa  

Nós, amigos e convidados ali presentes, para ajudar no que for preciso, para que homens, mulheres e crianças da aldeia sejam respeitados e a paz naquele lugar volte a reinar. 
A paz que só existe entre os verdadeiros defensores da
natureza! 





Mara toca o chocalho ensinando pra gente


















Cestas de diversos tamanhos, peças de madeira entalhadas, instrumentos musicais e armas decorativas (arco, flecha, zarabatana) para vender,  são geração de renda para a sobrevivência da Aldeia.










Vista da enseada de Itaipu

Gaivotas na chegada à aldeia pelo canal da lagoa de Itaipu































Por-do-sol de Camboinhas












Um simples olhar nosso, para as belas imagens no entorno da aldeia, nos faz enxergar o porque de tanta ganância e insensatez das empreiteiras. O lucro dessa especulação financia o caixa 2 dos políticos corruptos, que apoiam e se omitem.
Limpeza e conservação de fazer inveja aos bairros abandonados da cidade


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