... Privatização é a velha onda...
O império do capital em ação fazendo a sua rotineira ronda...
...“Não há nada de novo entre a terra e o céu
...“Não há nada de novo entre a terra e o céu
Nada de novo
Senão o velho dragão e seu tenebroso véu de destruição e fogo
Sugando sangue do povo,
de geração em geração
especulando pelo mundo todo
é só o velho sistema do dragão”...
(Tribo de Jah)
De Fernando Henrique a Dilma, passando pelos dois períodos de governo de Lula, o Brasil transferiu ao setor privado o controle de centenas de empresas estatais , em um dos maiores programas de privatização do mundo. E quem está pagando a conta dessa farra neoliberal são os trabalhadores e o povo pobre, bem como setores da classe média. Tudo isso foi e continua sendo feito para atender as demandas de setores da burguesia nacional e estrangeira que passaram a lucrar como nunca nesse país, cobrando as tarifas mais caras do mundo, com a cumplicidade dos governos federal, estaduais e municipais que se beneficiam desses lucros através das generosas doações dessas empresas privatizadas para financiar suas campanhas eleitorais.
O governador Sérgio Cabral chama médicos de vagabundos, diz que o sistema de gestão de saúde é obsoleto e cria fundações para contratar e demitir médicos com mais facilidade. Na educação, um decreto do governador lança um programa para que pessoas e empresas possam adotar escolas da rede estadual de ensino. Além de colaboração em pontos como infraestrutura e manutenção dos colégios, o texto também prevê a possibilidade de "pagamento de prêmios aos servidores das unidades, após avaliação de desempenho".
A Constituição Brasileira estabelece, em seus artigos 196 e 206, a saúde e educação como direitos de todos e dever do Estado. E jurisprudência dos tribunais já determinou que o Estado não pode terceirizar suas atividades fins.
Professores não querem prêmios. Querem salários decentes e políticas públicas que coloquem a Educação como estratégia de crescimento do País!
Os profissionais de saúde querem salários e condições de trabalho adequadas para poderem produzir. Se o administrador público não é competente para atingir as metas constitucionais que se demita. Não será transformando os serviços públicos num grande balcão de negócios que conseguirá satisfazer as necessidades da população. No máximo, conseguirá aumentar o seu caixa dois para a sua próxima reeleição.
Por que Jorge Roberto Silveira quer privatizar a CLIN?
Será que o caríssimo IPTU pago pelos moradores de Niterói não é suficiente para que a Prefeitura mantenha nossas ruas limpas? Será que com a privatização, as despesas com a limpeza das ruas e com o recolhimento do lixo ficarão menores? Embora não haja a mínima transparência nas contas, já que a prefeitura não revela a real situação da CLIN, é possível deduzir que existem verbas suficientes para a Prefeitura manter e aperfeiçoar a companhia.
A privatização dos serviços essenciais em Niterói e no resto do país e a consequente elevação das tarifas de luz, água , telefone e demais serviços se deu em detrimento da população, que teve de arcar com seus custos. O aumento das tarifas está diretamente vinculada à privatização e aos compromissos assumidos pelos sucessivos governos junto às empresas interessadas na concessão desses serviços.
Os trabalhadores estão pagando caro pela farra das privatizações
As contas de água e luz subiram em proporções gigantescas em relação aos índices de inflação e aos reajustes dos salários dos trabalhadores. As contas de água, por exemplo, não se limitaram apenas a reajustes, mas também ao aumento escandaloso dos valores dessas tarifas.
Entre as medidas que as empresas privatizadas adotam para aumentarem seus lucros está a demissão de grande parte dos funcionários das antigas estatais e a contratação de outros com salários menores. O resultado disso tem sido a queda da qualidade dos serviços. Mesmo com toda essa economia feita a partir dos ataques aos trabalhadores, a tarifa de energia privatizada no Brasil tornou-se uma das mais caras do mundo o que foi acompanhada por uma das mais elevadas margens de lucro se compararmos com as taxas de lucratividade dos demais países.
Existem registros de aumentos tão absurdos que atingiram ao incrível índice de mais de mil por cento em um só mês, após a privatização, como foi o caso de Nova Friburgo em 2000, quando a população se rebelou e foi às ruas para impedir o absurdo desse aumento nas contas de água. Soma-se a tudo isso, os aumentos das passagens, a cobrança de taxas de iluminação pública, além dos pedágios nas estradas privatizadas.
A submissão dos governos de FHC, Lula e, agora, Dilma às ordens e exigências do imperialismo foi seguida à risca pelas sucessivas administrações municipais de Niterói que agora atinge seu ápice na administração de Jorge Roberto Silveira que pretende, com a privatização da CLIN, extorquir a população para agradar seus cabos eleitorais. A população precisa se mobilizar urgentemente contra mais esse golpe.
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