Principal representante das políticas imperialistas e das
guerras contra os povos oprimidos de todo o mundo, o
presidente dos EUA chega ao Brasil para falar de “democracia
e inclusão social”. Apoiado por um mega show, vai se dirigir ao
povo brasileiro utilizando como palco um símbolo das lutas
populares, até então cenário exclusivo de grandes
manifestações contra ditaduras e em respeito aos direitos
humanos: a Cinelândia, no Rio.
O presidente dos EUA fala em direitos humanos, mas
traiu uma de suas principais promessas de campanha, ao
manter a prisão de Guantánamo, onde estão milhares de
pessoas em condições desumanas e sob tortura, sem direito a um julgamento justo: no último dia 7, Obama revogou seu
próprio decreto, permitindo que os presos de Guantánamo
continuem a ser julgados por tribunais militares.
O presidente dos EUA fala em democracia e paz, mas apoiou o Golpe Militar em Honduras, mantém tropas no Iraque e no Afeganistão, mantém o bloqueio a Cuba e se arroga no direito de intervir militarmente em qualquer região do Planeta. Dá apoio à política terrorista de Israel enquanto sustenta as ditaduras monarquistas do Oriente Médio, calando-se frente à bárbara repressão às revoltas populares no Bahrein e na Arábia Saudita.
O governo brasileiro seaproxima de tal postura ao manter a ocupação militar do Haiti, país já castigado pela miséria do modelo neoliberal e refém de séculos de dominação imperialista. Depois do terremoto que devastou o país ano passado, os EUA enviaram marines e ocuparam militarmente parte do país, atrasando a
chegada de ajuda humanitária.
A pretexto de “combater o terrorismo”, os Estados Unidos seguem e exportam políticas que criminalizam movimentos sociais, como fica claro nesta visita ao Rio de Janeiro: o que dizer do grande cerco que está montado, para impedir que os nacionalistas e anti-imperialistas se pronunciem contra as guerras e a entrega das riquezas nacionais aos estrangeiros, durante a visita de Obama?
Enquanto fala de paz, inclusão e direitos humanos no Brasil, o presidente dos Estados está prestes a provocar uma nova guerra, invadindo a Líbia. Ora, a Líbia está entre as maiores economia petrolíferas do mundo.
A “Operação Líbia”pouco se importa com a repressão e o bombardeio à revolta popular líbia perpetrada por seu anacrônico governo. É parte de uma agenda militar no Médio Oriente e na Ásia Central, que almeja controlar mais de 60 por cento das reservas mundiais de petróleo e gás natural.
Depois da Palestina, Afeganistão e Iraque pretende uma nova guerra na Líbia. Que serviria aos mesmos interesses que levaram à invasão do Iraque, em 20 de março de 2003!
Aliás,a escolha do “20 de março”, para fazer esse pronunciamento às massas, não acontece por acaso. Convocada no Fórum Social Mundial, nesta data estarão acontecendo manifestações em várias partes do mundo, em apoio às lutas dos povos oprimidos, contra as guerras que aprofundam a exploração dos ricos pelos pobres e que são movidas, exatamente, pelos Estados Unidos e pelos países da OTAN.
Também o Brasil, principal país da América Latina, não foi escolhido por acaso: eles estão de olho nas imensas riquezas do pré-sal e já falam em reativar a ALCA – uma proposta contrária aos interesses da maioria do povo brasileiro e que já havíamos derrotado nas urnas, em plebiscito popular.
Os governos esperam a comitiva composta por dezenas de empresários norte-americanos que, junto à Obama, negociarão contratos preferenciais de energia e infraestrutura,
muitos aproveitando a “oportunidade” de lucros com mega eventos esportivos, como a Copa do Mundo de
2014 e as Olimpíadas de 2016. É dinheiro público sendo gasto sem licitações e com amplas denúncias de superfaturamento e desvios, veiculadas tanto pela grande imprensa quanto pelos Tribunais de Contas.
Podemos aceitar isso?
O ministro Antonio Patriota espera que tais acordos coloquem o Brasil na condição de “igual para igual” com os EUA. Em troca o capital norte-americano gozará de amplas vantagens em seus negócios no Brasil, com seus investimentos e lucros assegurados, dentre outras coisas, pelos financiamentos do BNDES à megaempreendimentos com participação de empresas transnacionais, com sede nos EUA.
A captação de dinheiro público brasileiro é vista como uma das fontes de recuperação da economia norte-américa, ainda em crise. Em suma, Obama quer que o povo brasileiro financie o setor privado norte-americano, causador da mesma crise de 2008!
Como pode o governo brasileiro se curvar ao imperialismo estadunidense, reproduzindo o mesmo modelo de
exploração e, agora com o agravante, de utilizar dinheiro do BNDES para sustentar e reproduzir tal modelo? O mesmo imperialismo que nos ameaça reativando a Quarta Frota, e que ainda fala em deslocar para o Atlântico Sul os navios de guerra da OTAN?
A soberania nacional está ameaçada. Os Estados Unidos vêm ao Brasil para negociar a compra antecipada das reservas do Pré-sal, o que é ainda pior do que leiloar as nossas riquezas.
Rechaçamos os leilões e qualquer outra forma de entrega das riquezas nacionais!
O Petróleo Tem que Ser Nosso!
A história está cheia de exemplos de países que esgotaram suas reservasse permaneceram mergulhados num mar de corrupção e de miséria! Não queremos repetir esses exemplos.
Campanha O Petróleo Tem que Ser Nosso | Sindipetro-RJ | MST | Sintnaval-RJ | Sintrasef | Condsef |Ascpderj | Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino | PCB | PSOL | PCBR | UJR | Movimento Luta de Classes | Movimento de Lutas nos Bairros, Vilas e Favelas | Modecon | Intersindical | PACS |Jubileu Sul Brasil | MTD | DCE-UFF | DCE-UFRJ | Núcleo Socialista de Campo Grande e de Santa Tereza
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