Na manhã deste domingo (29/05), moradores e frequentadores da Praia de Icaraí e Ingá, foram surpreendidos pelas fortes ondas que avançaram sobre a praia e calçadão. A obra de alargamento do calçadão, que custou cerca de 2 milhões aos cofres públicos e foi na época questionada pelo Ministério Público Federal, foi agora completamente destruída em quase toda extensão do calçadão próximo ao Ingá, na Praia das Flechas.
O Vereador Renatinho (PSOL) esteve no local e ajudou a orientar alguns moradores, que assistiam atônitos à cena de destruição, sem que nenhum Guarda Municipal, Funcionário da Defesa Civil ou Agente de Trânsito estivessem presentes. Algumas fitas de isolamento já haviam sido colocadas mais cedo pela Secretaria de Segurança, mas com a ausência dos Agentes Públicos, foram retiradas por curiosos que insistiam se aproximar. Diversos cidadãos se arriscavam tentando fotografar mais de perto as ondas, e não havendo ninguém da Prefeitura para ajudar a conter o avanço, estas arriscavam a vida circulando pelo calçadão destruido. Renatinho tentou entrar em contato com a Defesa Civil, mas ninguém atendeu os telefones.
“Independente de analisarmos agora se a obra feita em 2008 teve ou não problemas, o que mais chama a atenção é a ausência total da Prefeitura, que novamente não enviou nenhuma equipe para ajudar e orientar as pessoas. Só vi o Wolney sozinho por aqui. Segundo os moradores, o calçadão começou a ceder às 11 horas e às 13 já estava completamente destruído! Fiquei no local das 13:30 horas até às 16:30, quando só então chegaram ao local alguns funcionários da EMUSA e CLIN.”, disse Renatinho, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal.
Renatinho lembrou ainda das diversas agressões ao meio ambiente que são praticadas e que terminam por gerar reações da natureza, como esta que foi vista na Praia de Icaraí.
“Acabaram de aprovar diversas mudanças no Código Florestal que vão gerar grandes danos ao meio ambiente em todo o país e vão gerar reflexos no mundo inteiro. A ganância nesse sistema capitalista faz diversas pessoas não quererem enxergar o mal que estão fazendo para a sociedade. Aqui mesmo em Niterói temos vários exemplos de agressões ao meio ambiente. Precisamos lutar muito para reverter isso!”, afirmou o vereador Renatinho.
O funcionário da EMUSA, assessor de Mocarzel, Cláudio Cardoso, esteve no local ajudando um transeunte a recolocar uma tampa de bueiro. Avisado pelo chefe de gabinete da Comissão de Direitos Humanos da Câmara de que aquela tampa não deveria ser recolocada sendo mais correto isolar a área, pois ela havia sido suspensa pela força da água, o que poderia ocorrer de novo a ferir alguém, o funcionário da EMUSA reagiu com agressividade. Aos gritos e sem querer ouvir a solicitação feita, recolocou a tampa do bueiro e visivelmente descontrolado disse que a culpa daquilo não era de Jorge Roberto e que todos do PSOL saíssem de perto dele e que tomassem cuidado com ele. A Comissão de Direitos Humanos irá avaliar se ficou caracterizada a ameaça.
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