Na noite do último dia 17 de maio cerca de 150 taxistas auxiliares se reuniram no Centro Social Urbano da Ilha da Conceição para discutirem entre si e cobrarem do Poder Público Municipal que explique a atual situação das concessões no município. Muitos taxistas auxiliares alegam que são explorados por pessoas que tem muitas vezes mais de uma concessão de táxi no município. Ocorre que possuidores ilegais de várias licenças e que sequer dirigem táxi na cidade cobram diárias daqueles que não possuem licenças, chamados taxistas auxiliares. Essas diárias costumam ter valores monetários altos e por isso geram uma enorme sobrecarga de trabalho ao taxista auxiliar que precisa muitas vezes dirigir durante muitas horas por dia, mais do que agüentaria normalmente, para pagar a diária ao permissionário da licença. Os motoristas auxiliares existem não para serem explorados, mas sim para auxiliarem aqueles que trabalham como permissionários nos momentos em que o táxi não está sendo usado por estes. No entanto, os auxiliares reivindicam com justiça que as licenças ilegais existentes sejam revistas e venham de fato a beneficiar o profissional que deseja trabalhar. Reivindicam ainda que futuras novas concessões venham preferencialmente atender àqueles taxistas auxiliares que, organizados em uma listagem publica e transparente, comprovem antiguidade e outros critérios a serem estabelecidos a partir dos debates com a categoria, com os vereadores, o poder executivo e a sociedade em geral.
Todos os vereadores da cidade foram convidados para a reunião, mas apenas o Vereador Renatinho (PSOL) compareceu, acompanhado do presidente do PSOL Niterói, Paulo Eduardo Gomes. Renatinho, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal, lamentou a ausência dos vereadores que são base de sustentação do governo Jorge Roberto e apresentou proposta de realização de uma audiência pública na Câmara. Renatinho e Paulo Eduardo foram favoráveis à reivindicação dos taxistas auxiliares e se colocaram a disposição para estudar a possibilidade de ser apresentada uma legislação que regule as atuais permissões, as transferências de permissões e as novas concessões de permissões, já que o atual regulamento seguido pelo governo Jorge é de 1984.
“Fui convidado e vim até aqui ouvir as reivindicações dos companheiros taxistas. Esta é uma categoria de trabalhadores que merece todo o nosso respeito, são os maiores conhecedores da cidade e prestam um serviço de muita importância para a população. Os taxistas auxiliares reclamam com razão que muitas vezes são explorados de maneira injusta por alguns permissonários e que não tem expectativa nenhuma de receber uma licença para trabalhar livremente. Me comprometi com eles que irei convocar uma audiência pública para que iniciemos um grande debate na cidade por uma nova lei a fim de que não haja mais ilegalidades e imoralidades na concessão de novas licenças de táxi, garantindo que os verdadeiros trabalhadores sejam contemplados atendendo a critérios públicos e transparentes.”, disse Renatinho, que desde 2001 apresenta projetos e indicações em defesa dos taxistas da cidade. Renatinho é o autor, por exemplo, da lei que autorizou a instalação de propaganda nos vidros traseiros dos táxis, possibilitando uma renda extra aos trabalhadores e vem cobrando através de Indicações Legislativas que os taxistas sejam autorizados e entrar na Avenida Amaral Peixoto direto pela seletiva da Marques de Paraná e possam ainda transitar na via seletiva da Alameda São Boaventura.
Os taxistas marcaram a próxima reunião da categoria para o dia 14 de junho e por solicitação deles a audiência pública será marcada somente para depois desta próxima reunião.
Vejam a matéria sobre a reunião em O Fluminense:
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