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Foto aérea da manifestação - Av. Amaral Peixoto - Niterói - |
Estamos diante de um momento popular histórico e muito
importante nas lutas da classe trabalhadora brasileira, e a primeira vitória
desse movimento aconteceu na última quarta-feira (19), quando dezenas de governos,
no caso de Niterói o prefeito Rodrigo Neves (PT), recuaram diante das
gigantescas manifestações que têm ocorrido no Brasil.
A revogação do aumento das passagens em nosso município, em
São Paulo e Rio de Janeiro – entre outras centenas de cidades Brasil afora –
foi resultado da pressão que veio das ruas. O Movimento Passe Livre – que ainda
defende a tarifa zero – é só uma das reivindicações do povo oprimido, mas que
se levantou e está nas ruas.
Com certeza, além de comemorar o recuo das autoridades, que,
no caso de Niterói a redução foi de 7,2%, é necessário manter a mobilização
para conquistar as demais reivindicações. Ficou claro durante as manifestações
que a questão do valor das passagens foi o estopim. Mas os protestos
expressaram insatisfação com inúmeras outras demandas que envolvem a vida da
população em geral e da classe trabalhadora.
Questionamentos sobre os gastos milionários com a Copa em
contraposição aos recursos menores em transporte, saúde e educação entraram na
pauta dos atos. Não à corrupção e à carestia, apareciam ainda nas faixas e
cartazes. Todos nós não podemos deixar essa disposição de luta esfriar.
As manifestações envolveram até o momento em sua maioria a
juventude, por isso é preciso incorporar demais setores da classe trabalhadora,
como profissionais liberais, por exemplo, que se organizam nos sindicatos,
associações de moradores e clubes de serviços para fortalecer a mobilização. As
demais questões levantadas nos protestos não podem ser abandonadas.
Lutas - Entre inúmeras reivindicações, estão a
revogação imediata do reajuste da tarifa, abertura de negociação para debater
sistema de transporte público, visando implantação de Tarifa Social ou Tarifa
Zero, e assegurar qualidade e dignidade no transporte das pessoas. Defendemos a
total estatização do sistema. O governo Dilma, que tanta isenção fiscal tem dado às
empresas (que, aliás não tem diminuído o valor da passagem, que só aumenta),
deveria deixar de dar essa “ajuda” às empresas e ajudar à população dos
estados, perdoando a dívida dos governos locais com a União, liberando os
recursos dessas dívidas para serem investidos no transporte, por exemplo.
Democracia – Setores do movimento têm rejeitado a
participação dos partidos nos protestos. É importante dizer que esta atitude
não é democrática e não ajuda na luta de todos neste movimento popular e
libertário. Nós, da esquerda, temos um histórico de lutas por conquistas
sociais e não podemos aceitar sermos rechaçados nesse momento, por incentivo da
grande mídia e dos que ocupam o poder e são falsos democratas.
Veja nos links abaixo:
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