sábado, 22 de junho de 2013

Recuo dos governos foi uma vitória, mas as lutas por outras reivindicações devem continuar

Foto aérea da manifestação - Av. Amaral Peixoto
- Niterói -
   Estamos diante de um momento popular histórico e muito importante nas lutas da classe trabalhadora brasileira, e a primeira vitória desse movimento aconteceu na última quarta-feira (19), quando dezenas de governos, no caso de Niterói o prefeito Rodrigo Neves (PT), recuaram diante das gigantescas manifestações que têm ocorrido no Brasil.

   A revogação do aumento das passagens em nosso município, em São Paulo e Rio de Janeiro – entre outras centenas de cidades Brasil afora – foi resultado da pressão que veio das ruas. O Movimento Passe Livre – que ainda defende a tarifa zero – é só uma das reivindicações do povo oprimido, mas que se levantou e está nas ruas.
   Com certeza, além de comemorar o recuo das autoridades, que, no caso de Niterói a redução foi de 7,2%, é necessário manter a mobilização para conquistar as demais reivindicações. Ficou claro durante as manifestações que a questão do valor das passagens foi o estopim. Mas os protestos expressaram insatisfação com inúmeras outras demandas que envolvem a vida da população em geral e da classe trabalhadora.

  
      Questionamentos sobre os gastos milionários com a Copa em contraposição aos recursos menores em transporte, saúde e educação entraram na pauta dos atos. Não à corrupção e à carestia, apareciam ainda nas faixas e cartazes. Todos nós não podemos deixar essa disposição de luta esfriar.
    As manifestações envolveram até o momento em sua maioria a juventude, por isso é preciso incorporar demais setores da classe trabalhadora, como profissionais liberais, por exemplo, que se organizam nos sindicatos, associações de moradores e clubes de serviços para fortalecer a mobilização. As demais questões levantadas nos protestos não podem ser abandonadas.

Lutas - Entre inúmeras reivindicações, estão a revogação imediata do reajuste da tarifa, abertura de negociação para debater sistema de transporte público, visando implantação de Tarifa Social ou Tarifa Zero, e assegurar qualidade e dignidade no transporte das pessoas. Defendemos a total estatização do sistema. O governo Dilma, que tanta isenção fiscal tem dado às empresas (que, aliás não tem diminuído o valor da passagem, que só aumenta), deveria deixar de dar essa “ajuda” às empresas e ajudar à população dos estados, perdoando a dívida dos governos locais com a União, liberando os recursos dessas dívidas para serem investidos no transporte, por exemplo.

Democracia – Setores do movimento têm rejeitado a participação dos partidos nos protestos. É importante dizer que esta atitude não é democrática e não ajuda na luta de todos neste movimento popular e libertário. Nós, da esquerda, temos um histórico de lutas por conquistas sociais e não podemos aceitar sermos rechaçados nesse momento, por incentivo da grande mídia e dos que ocupam o poder e são falsos democratas.

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