domingo, 22 de julho de 2012

CRIME AMBIENTAL EM ITAIPU - PESCA AMEAÇADA


Lixo no mar de Itaipu bateu recorde na manhã da sexta-feira, dia 13 de julho. O despejo de resíduos da dragagem dos portos do Rio de Janeiro, realizado de forma irresponsável na nossa orla de Itaipu, deram a maior demonstração de como está sendo devastador para a vida marinha e para a sobrevivência de centenas de pescadores artesanais. A rede de pesca retirada pelos pescadores artesanais de Itaipu é a prova disso: ao invés de peixes, cerca de 2 toneladas de lixo foram retirados do mar através da rede dos pescadores. Esse despejo, além de representar um crime ambiental que está trazendo consequências para a vida marinha, é também um flagrante desrespeito à Lei Municipal 2.874/2012, que obriga a proteção da pesca artesanal de Itaipu, definindo-a como patrimônio cultural da cidade.


 O vereador Renatinho (PSOL), autor da Lei, defende a interrupção imediata do despejo de lixo, a punição dos responsáveis do órgão ambiental (INEA), que autorizaram o descarte e a definição de uma indenização a ser paga aos pescadores por todo esse período de prejuízos. “O mais absurdo de tudo isso é o INEA não agir para interromper esse despejo em nossa orla. Pelo contrário, eles seguem autorizando e negando que isso seja um dano ambiental. Com um órgão ambiental assim, os poluidores estão bem, não há fiscalização e nem punição nenhuma. Mas não vamos admitir isso. O Ministério Público já está agindo e, com o fato ocorrido, faremos um novo pedido para que a Promotoria agir o mais rápido possível. A pesca artesanal de Itaipu é um patrimônio cultural tombado, os pescadores têm que ser protegidos e a atividade incentivada. Os pescadores têm legitimidade para exigir do Estado uma indenização por esses danos gerados ao longo de tanto tempo”, disse o vereador Renatinho, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Vereadores de Niterói.

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