O Vereador Renatinho (PSOL) afirmou que a Prefeitura de Niterói voltou a desrespeitar as vítimas das chuvas de abril na cidade. Ontem, ele, mais uma vez, foi contra a retirada das famílias que estão alojadas no 4º Grupo de Companhias de Administração Militar (G-CAM), no Barreto.
"Novamente o Prefeito demonstra todo o seu descaso com a população da cidade. Essas pessoas foram vítimas da omissão dos governos durante décadas e agora que perderam tudo o Prefeito quer despejá-los até do abrigo. A grande questão é que o contrato da Prefeitura com o Governo do Estado, o "Morar Seguro", que é o que tem garantido o aluguel social, acaba agora no final de janeiro e não há nenhum sinal de renovação", assinalou.
Renatinho culpa o governo municipal pela situação dos desabrigados da cidade. "Na hora que as pessoas que conseguiram alugar alguma casinha verem que vão parar de receber o aluguel social, eles não vão ter mais para onde ir e a única solução vai ser voltar aos abrigos. O prefeito quer levar todo mundo para um só local, 3º Batalhão de Infantaria do Exército (3º BI), mas acontece que não vai caber todo mundo lá. Principalmente com o fim do aluguel social e com as pessoas que voltaram para as áreas de risco tendo que sair novamente de casa por conta das chuvas que vem por ai", disse o vereador Renatinho, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Niterói
Em reunião no Ministério Público, representantes do governo municipal anunciaram a remoção dos abrigados no 4º G-CAM. Vários setores do movimento social protestaram, acabando por impedir a retirada. A dona de casa Josilne Lacerda, de 37 anos, criticou a decisão do governo. “Aqui a situação é um pouco melhor que no 3º BI. Dizem que a prefeitura não vai mais trazer comida. Não imposta. Nós queremos, na verdade, as casas pra sairmos daqui”, disse ela.
Além do Vereador Renatinho, estiveram no local o Comitê de Desabrigados de Niterói, a Associação de Vítimas do Morro do Bumba, o Movimento dos Trabalhadores Desempregados, o Conselho Comunitário da Orla da Baía de Niterói, o Sindicato dos Trabalhadores da UFF, o Diretório Central dos Estudantes da UFF, a Pastoral da Juventude e outras organizações solidárias aos desabrigados.
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