domingo, 22 de setembro de 2013

A ESPIONAGEM ESTADUNIDENSE: QUANDO A DEMOCRACIA É UMA HIPOCRISIA DE ESTADO

Desde que se consolidaram como república os Estados Unidos se legitimaram sob o discurso de defensores da democracia, moralidade e liberdade. Aliás, defensores, inclusive, da democracia de outros países. Mas na realidade, o que historicamente pode-se observar, é que a democracia era nada mais que um valor político descartável a serviço dos seus interesses econômicos. Apoio e patrocínio a golpes de Estado, sabotagens e ataques diretos à soberania de países foram ações constantes dos Estados Unidos no século XX.

Os eventos recentes, em que foram divulgadas as ações de espionagem contra o Brasil, só tornaram ainda mais explícita esta conduta diplomática imperialista dos Estados Unidos. Segundo denúncias, a Agência de Segurança Nacional (NSA) monitorou ligações de telefone (2,3 milhões) e internet da Petrobras, dos membros do governo federal, inclusive a presidente da República. Os parlamentares do PSOL corretamente cobraram desde julho uma pressão da diplomacia brasileira para que se averiguasse as denúncias de espionagem contra o Brasil, mas praticamente nada foi feito. Até agora a única sinalização do governo federal foi apenas um adiamento da ida da presidente Dilma Roussef aos Estados Unidos.

Mais do que criticar as debilidades do controle de informação do Brasil, é importante que denunciemos as práticas de tráfico de informação executadas pelo governo americano como parte de uma ampla rede de ações imperialistas, vide a recente possibilidade de invasão da Síria. A necessidade de manter a sua hegemonia mundial, portanto, não tem limites.


Defendemos a soberania dos povos e a democracia e que se garanta a democratização da informação para a população participar politicamente das decisões, tal como fizeram Julian Assange e Edward Snowden. Repudiamos as práticas mafiosas do governo Obama. Liberdade e democracia são mais do que um discurso, mas uma prática. 

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