Desde que se
consolidaram como república os Estados Unidos se legitimaram sob o discurso de
defensores da democracia, moralidade e liberdade. Aliás, defensores, inclusive,
da democracia de outros países. Mas na realidade, o que historicamente pode-se
observar, é que a democracia era nada mais que um valor político descartável a
serviço dos seus interesses econômicos. Apoio e patrocínio a golpes de Estado,
sabotagens e ataques diretos à soberania de países foram ações constantes dos
Estados Unidos no século XX.
Os eventos
recentes, em que foram divulgadas as ações de espionagem contra o Brasil, só
tornaram ainda mais explícita esta conduta diplomática imperialista dos Estados
Unidos. Segundo denúncias, a Agência de Segurança Nacional (NSA) monitorou
ligações de telefone (2,3 milhões) e internet da Petrobras, dos membros do
governo federal, inclusive a presidente da República. Os parlamentares do PSOL
corretamente cobraram desde julho uma pressão da diplomacia brasileira para que
se averiguasse as denúncias de espionagem contra o Brasil, mas praticamente
nada foi feito. Até agora a única sinalização do governo federal foi apenas um
adiamento da ida da presidente Dilma Roussef aos Estados Unidos.
Mais do que
criticar as debilidades do controle de informação do Brasil, é importante que
denunciemos as práticas de tráfico de informação executadas pelo governo
americano como parte de uma ampla rede de ações imperialistas, vide a recente
possibilidade de invasão da Síria. A necessidade de manter a sua hegemonia
mundial, portanto, não tem limites.
Defendemos a
soberania dos povos e a democracia e que se garanta a democratização da
informação para a população participar politicamente das decisões, tal como
fizeram Julian Assange e Edward Snowden. Repudiamos as práticas mafiosas do
governo Obama. Liberdade e democracia são mais do que um discurso, mas uma
prática.
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