sexta-feira, 18 de junho de 2010

20 ANOS SEM AUMENTO, EU NÃO AGUENTO!

Este é um trecho do boletim do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação – SEPE, e reflete muito bem o desinteresse e desconhecimento da Prefeitura de Niterói para com a situação de nossa educação.

O mandato socialista do vereador Renatinho quer cobrir de solidariedade toda a categoria e se colocar à disposição para qualquer coisa, pois nessa luta, somos companheiros!

Educação na luta!


20 ANOS SEM AUMENTO, EU NÃO AGUENTO!

Até o momento, o governo não apontou com nenhum índice para a reposição das perdas do período 2009/2010 e também não abriu negociação da pauta de reivindicações. Portanto, temos a tarefa de manter as escolas mobilizadas para arrancar deste governo o atendimento às nossas reivindicações!

Enquanto os governos tentam passar para a população um mundo de ilusão por conta da copa do mundo, os profissionais da educação trazem à tona a cruel realidade da rede municipal de educação de Niterói!

Assembléia e ato pelas ruas de Niterói são as respostas da categoria para o desrespeito do Prefeito da cidade, Jorge Roberto Silveira!

Durante as 48 horas de paralisação da rede municipal, a categoria reuniu as comunidades escolares para dialogar sobre as péssimas condições das escolas municipais: unidades escolares sem infra-estrutura adequada, falta de funcionários, nossas escolas servindo de abrigo, política salarial precária e falta de condições de trabalho.

No dia 10 de junho, foi realizada, no DCE da UFF, uma assembléia que demonstrou a disposição de luta da categoria. De acordo com os informes dados pelos profissionais presentes, 60% da rede paralisou.

Após a assembléia, a categoria saiu em passeata pelas ruas de Niterói, recebendo grande apoio da população. A passeata chegou ao prédio da prefeitura de Niterói, onde realizou manifestação, mesmo encontrando grande resistência da guarda municipal que sob ordens do representante do executivo, proibiu a entrada da comissão de representantes da categoria, fechando as portas do prédio da Prefeitura e agindo de forma truculenta e agressiva, chegando, inclusive a machucar alguns profissionais que tentavam passar pelo portão.

Os profissionais da educação, mesmo com o autoritarismo desse governo, se manteve forte e pressionou até que a comissão fosse recebida.

Na audiência com o representante do poder executivo, Michael Saad declarou, após o recebimento e leitura da pauta de reivindicações da categoria, que desconhecia a situação da educação em Niterói, assim como desconhecia também que existe terceirização na rede pública de educação. Mas o mais impressionante e grave é que ele desconhece o Presidente da FME, Cláudio Mendonça.

É notória a falta de respeito com a educação do município, quando o próprio representante do governo não sabe quem é o presidente da FME. E, além disso, desconhece toda a estrutura da rede.

Ao reivindicar o aumento salarial, A comissão colocou para o representante do governo que a FME alega depender do executivo para liberar qualquer índice de reajuste, já o chefe do executivo disse que a FME tem autonomia política e financeira para negociar. Entretanto, a participação da Prefeitura nas negociações não foi garantida.

É lamentável que esse governo fique fazendo joguinhos com a categoria, tentando ganhar tempo, jogando a responsabilidade de um setor para outro.

Além da FME, é necessário que o poder executivo esteja presente na mesa de negociação no dia 17, uma vez que o prefeito e o seu representante na secretaria de educação não se entendem. O dinheiro para o aumento salarial e a reestruturação da rede existe e a categoria já está se mobilizando para cobrar a abertura de negociação.

O representante do governo perguntou qual o piso inicial do professor de 1º e 2º ciclos, pois isso ele também desconhecia, e,quando foi informado o valor de R$792,00, o mesmo declarou que esses profissionais recebem um pouco mais que uma empregada doméstica, pois ele pagou a sua empregada, que trabalha 2 vezes na semana, R$ 765,00.

É necessário lembrar que este sindicato defende um salário digno para toda a classe trabalhadora, portanto não só é uma vergonha que um professor receba R$792,00 como também é um absurdo que uma empregada doméstica receba tão pouco!

Ao contrário do governo, que demonstrando total descaso com a educação do município, afirma não conhecer seus problemas, os profissionais da educação conhecem muito bem os problemas da rede e sentem na pele todos os dias a falta de estrutura e de investimento nas reais necessidades das unidades escolares.

Aumento real! Reposição das Perdas Salariais: 30% já!
Meu plano, Minha Carreira, Eu decido! Triênio e 15% entre os níveis!
30h para Funcionários!
Merendeira, não: Cozinheira!





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