segunda-feira, 16 de novembro de 2009

ARTISTAS PLÁSTICOS REALIZAM EXPOSIÇÃO SOBRE A PALESTINA


          A mostra “Palestina: Martírio de um Povo”, promovida pelo Comitê Viva Palestina de Niterói, com apoio da Secretaria Municipal de Cultura de São Gonçalo e curadoria da artista plástica Denise Velasco, será inaugurada no dia 19 de novembro de 2009, às 19:00h na Casa de Artes Vila Real em São Gonçalo. Um dia antes da exposição, haverá uma palestra no auditório do Centro Cultural Joaquim Lavoura, às 15:00, quando será exibido o documentário “Ocupation 101- Vozes da Maioria Silenciada” .


         A exposição faz parte das atividades relacionadas ao “Dia Mundial de Solidariedade ao Povo Palestino” que foi criado pela ONU para lembrar que a questão da Palestina permanece sem solução; que o povo palestino ainda tem que obter os seus direitos inalienáveis: o direito à autodeterminação sem interferência externa, o direito à independência nacional e soberania, e o direito a retornar a seus lares e propriedades dos quais foram expulsos há 60 anos.

Dor que comove a humanidade

           Inúmeras sessões solenes são realizadas nas câmaras municipais de vereadores, assembléias legislativas e na Câmara dos Deputados para lembrar o 29 de novembro de 1948 –data em que foi aprovada, pela ONU, a partilha da Palestina histórica.Os movimentos sociais brasileiros também promovem atividades por todo o país em torno desta data.

          Segundo a coordenadora do Comitê Viva Palestina – Niterói, Beth Monteiro, o povo brasileiro é solidário com o sofrimento alheio e quando toma conhecimento de uma tragédia humana de tamanha proporção , como a que está acontecendo nos territórios ocupados da Palestina, se comove e se dispõe a dar sua contribuição para fortalecer a luta do povo oprimido. Foi movido por este sentimento que um grupo de 30 artistas plásticos, aceitaram o convite para participar da mostra.

Pincéis como instrumento de luta

           Inspiradas em Pablo Picasso, as coordenadoras do Comitê “ Viva Palestina-Niterói, Beatrice Miller e Beth Monteiro iniciaram a realização de mostras de artes plástica como forma de chamar atenção para o drama dos palestinos. A jornalista Beth Monteiro explica que ao saber do bombardeio sobre a cidade de Guernica, pelos fascistas, em 28 de abril de 1937 , Picasso começa a pintar com fúria e emoção. Mais tarde ele escreveria: “ O artista é ao mesmo tempo um ser político, sempre alerta aos acontecimentos tristes, alegres, violentos, aos quais reage de todas as maneiras. Não: a pintura não é feita para decorar apartamentos. É um instrumento de guerra para operações de defesa e ataque contra o inimigo”. E como instrumento de guerra, ele usou o pincel para retratar todo o horror de homens, mulheres e crianças, mutilados, criando Guernica, a obra de arte mais importante do século xx.

A exposição

A mostra visa essencialmente possibilitar o contato com obras que expressam e evidenciam de forma sensível o tema proposto com suporte de outros meios como projeção, pôsteres, fotos, música e performance teatral.

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