quarta-feira, 26 de agosto de 2009

II Congresso Nacional do Partido Socialismo e Liberdade

Nos dias 21, 22 e 23 de agosto ocorreu em São Paulo o II Congresso do Partido Socialismo e Liberdade. Durante esses três dias o partido debateu temas referentes à conjuntura nacional e internacional, medidas concretas para conter os efeitos da crise mundial do capitalismo sobre os trabalhadores e trabalhadoras e elementos de uma estratégia política para a construção do socialismo em nosso país. Além disso, foram dados encaminhamentos para a tática do partido nas eleições de 2010 e eleita a nova direção partidária.
Antes do início do Congresso, nos dias 18 e 19, o PSOL realizou seu Seminário Internacional. Estiveram presentes nesse Seminário militantes socialistas representando organizações políticas de diversas partes do planeta. Com destaque para o camarada Gilberto Rios, representante da Frente Resistência Honduras, país que atravessa uma difícil prova histórica desde a derrubada por um golpe civil-militar de seu presidente eleito democraticamente. Além dele, participou do Seminário o vice-presidente do Movimento ao Socialismo, partido do presidente da Bolívia Evo Morales, Sergio Loyaza; Wilson Borja, deputado do Pólo Alternativo Democrático da Colômbia; a camarada Flávia, representante do Novo Partido Anti-capitalista francês e muitos outros.
Em sua abertura o congresso contou com a presença de representantes do PSTU, do PCB, da Conlutas e da Intersindical, do MST, do MTL e de seus parlamentares federais. Nos dias que transcorreram, o partido conseguiu, apesar da diversidade de posições e tradições políticas, acumular um razoável grau de unidade. Uma série de resoluções e moções foram aprovadas por consenso, outras deliberadas através de votação. Dentre as principais está a política de construção de uma nova central sindical para os trabalhadores brasileiros que possa substituir a cooptada CUT; uma pauta ambiental que imponha limites ao voraz desenvolvimento capitalista sobre a natureza e debate a construção de um programa socialista anti-produtivista; uma campanha de apoio e proteção ao Deputado Marcelo Freixo e aos demais companheiros e companheiras ameaçados por combater as milícias e desenvolver um política radical de respeito aos Direitos Humanos; políticas setoriais de combate ao racismo, à homofobia e ao machismo e muitas outras.
Ao final do Congresso foram feitas as eleições para a nova direção partidária. Foram inscritas três chapas. A chapa que contava com a participação da atual presidente do partido e uma linha de maior continuidade da política aprovada no último congresso acabou sendo derrotada por uma composição de outras três organizações políticas do PSOL encabeçadas pelo Deputado Estadual e tendo a pauta de uma maior democratização do partido como seu eixo principal. Havia ainda uma terceira chapa encabeçada pelo ex-deputado federal Babá. Mesmo podendo indicar a presidência do partido, a chapa vencedora optou por reencaminhar o nome de Heloísa Helena à presidência do PSOL, demonstrando, com isso, o intuito da manutenção da unidade do partido e da importância do nome da companheira para a história e para o futuro do PSOL.
Ao final das contas saem dos vitoriosos. Os socialistas, a esquerda e a sociedade brasileira que poderão contar por mais dois anos com um partido unido em torno das lutas do povo pobre e trabalhador na construção de uma sociedade justa e fraterna, uma sociedade socialista.

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